O Supremo Tribunal da Índia adiou a audição de hoje ao pedido de cancelamento do Grande Prémio da Índia de Fórmula 1, por alegadas dívidas fiscais, permitindo a realização da 16.ª e antepenúltima prova do Mundial.

«A audição vai decorrer na próxima semana. Isto quer dizer que a prova pode realizar-se», revelou, sob anonimato, um dos advogados deste processo à agência AFP.

Outra fonte envolvida neste processo judicial acrescentou à AFP que ainda não era conhecida a data precisa para a realização das audições.

O pedido de cancelamento tinha sido apresentado pelo ativista Amit Kumar, que entende que o Grande Prémio de Fórmula 1 é um espetáculo de entretenimento e não desportivo, pelo que não deve beneficiar de exceções fiscais concedidas pelo estado de Uttar Pradesh, que faz fronteira com a capital Nova Deli.

Na terça-feira, o Supremo Tribunal da Índia tinha ordenado à organização do Grande Prémio para congelar 25 por cento das receitas de bilheteira para cobrir uma alegada interpretação errada da lei fiscal indiana.

O “patrão” da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, já tinha retirado a corrida indiana no calendário de 2014, alegando “razões logísticas, deixando em causa o futuro da prova, que decorre no circuito internacional de Buddh, orçado em 450 milhões de dólares (cerca de 326 milhões de euros).

A decisão de hoje já permitiu a realização dos primeiros treinos, nos quais o alemão Sebastien Vettel (Red Bul), que pode sagrar-se tetracampeão mundial na Índia, alcançou novo recorde circuito internacional de Buddh.

Com 26 anos e títulos conquistados das três épocas anteriores, Vettel está à beira de bater mais um recorde de precocidade, tornando-se o piloto mais jovem a vencer o Mundial por quatro vezes, igualando o registo do francês Alain Prost, campeão em 1985, 1986, 1989 e 1993.

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