O chefe médico da Fórmula 1, Gary Harstein, garante que Michael Schumacher, que permanece em coma e «com prognóstico reservado» no Hospital de Grenoble, «pode sobreviver».

«À pergunta se o Michael pode sobreviver, a resposta é um rotundo Sim. Sabendo o que sabemos, sobreviver sem sequelas é possível», afirmou, citado pela Marca.

Harstein, que foi chefe médico entre 1997 e 2012, explicou, ainda, que o coma induzido é vital, aliviando a pressão no cérebro.

«É para proteção e anestésico. Qualquer lesão grave na cabeça leva à perda de coordenação dos músculos da língua e da garganta. Essa obstrução respiratória aumenta o CO2 (dióxido de carbono) e dimuniu o oxigénio, e o cérebro quer oxigénio e odeia CO2. Assim, colocando tubos na traqueia podem usar respiradores. Protege a via aérea e daá um excelente controlo da ventilação e da oxigenação. Para intubar alguém, é preciso estar muito anestesiado», explicou.

Michael Schumacher sofreu um grave acidente na manhã de domingo, enquanto esquiava fora de pista, caindo e batendo com a cabeça numa pedra. Os médicos do hospital onde está internado são cautelosos, admitindo, apenas, que o estado do heptacampeão mundial de Fórmula 1 é «crítico» e «com prognóstico reservado».