O piloto mexicano Sergio Pérez considerou hoje "totalmente inaceitável" a circunstância do acidente do francês Jules Bianchi, durante o Grande Prémio do Japão de Fórmula 1, no passado domingo.

Falando em Sochi, na véspera dos treinos livres do Grande Prémio da Rússia, o piloto da Force India disse que o acidente precisa de ser explicado e estudado em pormenor, mas defendeu que tem de haver mudanças. Na sua opinião, os veículos de apoio só podem ser usados depois de o "safety car" estar em pista.

"O que aconteceu no domingo é totalmente inaceitável. Precisamos de ter todos os pormenores e uma resposta completa da FIA (Federação Internacional do Automóvel) e precisamos de estar unidos", afirmou Pérez.

Do domingo, sob chuva intensa, Bianchi, de 25 anos, perdeu o controlo do carro, saiu da pista e chocou a alta velocidade com um veículo que estava a retirar o carro do alemão Adrien Sutil (Sauber), também acidentado no mesmo local. O piloto da Marussia sofreu lesões cerebrais muito graves e permanece no hospital de Yokkaichi, no Japão, em "estado crítico, mas estacionário".

"Precisamos de explicações completas sobre o que aconteceu e sobre o que vai mudar. Temos de ter respostas da FIA sobre o que aconteceu neste trágico acidente. Temos de ter a certeza de que nos ouvem", acrescentou o mexicano, de 24 anos, sublinhando que nunca tinha experimentado nada como o choque provocado pelo acidente de Bianchi.

Questionado sobre se tinha confiança nas normas em vigor para a utilização do "safety car", Pérez foi claro: "Não, não tenho. E é algo que temos de melhorar. No futuro, quando entrar um trator para retirar um carro, precisamos do 'safety car', sejam quais forem as condições. Há sempre risco, mesmo se estiver seco, porque expõem-se os comissários e muita gente".

Com o "circo" da F1 a reagrupar-se para a corrida de domingo, Perez deu como provável a realização de uma reunião da Associação dos Pilotos de Grande Prémios (GPDA, na sigla inglesa), para uma tomada de posição.