O brasileiro Emerson Fittipaldi, campeão do mundo de Fórmula 1 em 1972 e 1974, viu os seus bens apreendidos, incluindo antigos carros de corrida, face a dívidas de 6,5 milhões de euros, notícia hoje a imprensa brasileira.

De acordo com a TV Record, estão mais de 60 processos em curso nos tribunais do estado de São Paulo e a lista de credores do ex-piloto de 69 anos inclui bancos privados e públicos, empreiteiros e até uma bomba de gasolina em Araraquara, a 280 quilómetros de São Paulo.

A sua assessoria de imprensa divulgou um comunicado no qual refere que Fittipaldi “jamais escondeu as suas dificuldades financeiras e esteve sempre disponível para negociar com os credores”.

No mesmo documento é referido que as dívidas são inferiores ao seu património e as suas dificuldades “são resultado de uma conjuntura financeira e política instável que todo o Brasil enfrenta”.

“Há algum tempo que Fittipaldi passa por uma situação financeira muito má e enfrenta julgamentos. Tudo piorou quando trouxe o Endurance (WEC) para o Brasil”, revelou um dos seus assessores, sob anonimato, ao jornal Estado de São Paulo, referindo-se à etapa brasileira do Campeonato Mundial de Endurance 2012-2014, no circuito de Interlagos, em São Paulo.

Em 2015, quando a FIA retirou o Brasil da competição, precisamente devido às dificuldades financeiras de Fittipaldi, os credores processaram o ex-campeão.

Na semana passada, a justiça brasileira apreendeu alguns dos seus carros de corrida, nomeadamente o FD-04 com o qual fez a época de 1976 e 1977 de Fórmula 1 e o Pesnke com o qual venceu as 500 milhas de Indianápolis e o título de Fórmula Indy em 1989.