Os proprietários do histórico circuito de Silverstone ameaçaram hoje acionar uma cláusula que lhes permite terminar o contrato com a Fórmula 1, caso não seja reduzido o valor a pagar por Grande Prémio aos organizadores do Mundial.

A Associação de Pilotos de Competição do Reino Unido (BRDC) alega que a corrida da categoria rainha do desporto automóvel “deixou de ser financeiramente viável... ao abrigo das atuais condições do contrato”, que se prolonga até 2026.

A BRDC, dona do circuito localizado nos condados de Northamptonshire e Buckinghamshire, informou que perdeu 2,8 e 4,6 milhões de libras (3,1 e 5,1 milhões de euros, ao câmbio atual), com a realização das provas de 2015 e 2016, respetivamente.

A associação explicou que o valor a pagar para receber a F1 passou de 11,5 milhões de libras (12,9 milhões de euros) em 2015, para 16,2 (18,2 ME) no ano passado, e prevê que dispare para 25 milhões de libras (28,1 ME) em 2026.

O circuito de Silverstone, palco da primeira corrida da história do Mundial de F1, em 1950, recebe o Grande Prémio da Grã-Bretanha desde 1987, ininterruptamente, sendo o terceiro traçado com mais corridas disputadas na competição, depois de Monza (Itália) e Mónaco.