Miguel Oliveira mostra-se "otimista" e "motivado" para o novo Mundial de Moto3. O piloto português de 19 anos sustenta a sua confiança com as melhorias feitas na sua Mahindra e espera conseguir mais pódios e até uma inédita vitória. 

"Este ano estamos muito bem posicionados. Creio que temos todas as armas para podermos brilhar e estar numa boa posição. Os meus objetivos são muito ambiciosos, acho que temos armas e somos capazes de lutar por vitórias e bastantes pódios", afirma Miguel Oliveira, à margem da assinatura do acordo de patrocínio com o Banco BIC, em Lisboa, na qual esteve presente o líder da instituição bancária, Mira Amaral.

Para o jovem piloto, a evolução é já visível nos testes de pré-temporada. "Se comparar o início da pré-temporada deste ano com a do ano passado estou consideravelmente mais rápido. Está tudo em aberto, mas o meu objetivo é conseguir um início de campeonato sólido, não ter quedas e pontuar o máximo que conseguir", adianta.

No entanto, Miguel Oliveira não quer dar 'um passo maior do que a perna' e recusa sonhar já num salto para a categoria Moto2: "Passar para uma outra categoria teria de envolver outras coisas. No início de temporada não me concentraria muito nisso, até porque tenho de estar completamente concentrado no que tenho de fazer agora. Se fizer um bom campeonato, se terminar no top-3 e se ganhar bastantes corridas, então acho que faria todo o sentido".

A sua mota Mahindra vai agora defender-se melhor nas provas com o aumento da capacidade de aceleração e também com a condução de um piloto "mais experiente". "Quando acabei o campeonato de cada ano senti que sabia muito, mas depois no ano a seguir dava conta que não tinha comparação. A experiência vem com o tempo", explica.

O facto de ser o único português no circuito desperta algumas expectativas, mas Miguel Oliveira considera não estar sob pressão mediática: "Não tenho assim tanta pressão. Espero vir a ser uma grande vedeta, mas quando se fala em pressão mediática nem sequer é a palavra mais correta. Há vezes em que as pessoas criam mais expectativas que nos fazem querer corresponder às mesmas e isso provoca um conflito interno." 

Sobre o patrocínio alcançado e o que isso poderá trazer para a sua carreira, o piloto luso está confiante num efeito positivo. "O apoio vai ser monetário e vamos beneficiar da ativação do patrocínio. Obviamente vai ajudar-me a crescer", sentencia.

Já Mira Amaral explicou a aposta crescente do Banco BIC no desporto e brincou sobre uma eventual subida de Miguel Oliveira ao Moto2. "Se ele subir de categoria temos um pequeno dilema: é que registamos com agrado, mas se calhar custa-nos mais caro. Do ponto de vista financeiro conviria que ele não subisse. Do ponto de vista desportivo gostaríamos e, subindo, estaremos disponíveis para reforçar esse apoio financeiro", disse.