Miguel Oliveira regressou esta segunda-feira a Lisboa depois da vitória no Grande Prémio da Malásia, em Moto3, que coloca o piloto português da KTM na luta pelo título com Danny Kent.

Em declarações prestadas aos jornalistas no Aeroporto da Portela, em Lisboa, Miguel Oliveira mostrou-se naturalmente satisfeito pela quinta vitória esta temporada, e garantiu que vai continuar a lutar pelo título de campeão, reconhecendo, no entanto, que é difícil, pois é necessário que o atual líder da prova termine em 15º lugar, no mínimo, e o piloto português vença em Valência.

"Óbviamente que me sinto muito contente pela vitória alcançada na Malásia, sobretudo por ser a terceira corrida consecutiva, mais um fim-de-semana com grande valor com uma vitória muito importante", começou por dizer Miguel Oliveira.

Questionado sobre o que falta para ser campeão de Moto3, Miguel Oliveira descreveu o cenário difícil do próximo Grande Prémio. "Terei mais uma vez de ganhar, repetir o fim-semana como na Malásia ou como na Austrália e esperar que um azar aconteça ao Danny Kent, mas é bastante improvável que aconteça alguma coisa, mas obvimente que não vou desistir", afirmou o piloto português.

"Ele (Danny Kent) sabe que está a ser perseguido, há muita mais pressão da parte dele do que propriamente da minha parte, e isso está a levá-lo a cometer algumas falhas e essas falhas nesta altura do campeonato estão a custar-lhe muitos pontos", acrescentou Miguel Oliveira.

"Sim, estou com altos níveis de motivação. Entrar, ter um sétimo pódio consecutivo, também quinta vitória da temporada, estou num momento bom de forma. Saí de Silverstone em Agosto com 110 pontos de desvantagem e cheguei agora a 24 quando falta uma prova para o fim, tudo é possível, o importante é nunca desistir, muita resistência, muito método no trabalho e obviamente nunca desistir. O campeonato é muito longo, disse ao longo da temporada que nem todos os factores dependem de nós próprios, e nós não temos o controlo sobre tudo, mas os outros adversários também entram nas contas e é isso que está a acontecer", frisou Miguel Oliveira.

"Ganhar, não me resta muito mais do que ganhar. São 24 pontos de diferença o que determina que o Danny tivesse de terminar em 15 e eu ganhar a prova para ser campeão com um ponto de vantagem, mas é possível", sentenciou o piloto da KTM, que no próximo dia 8 de novembro disputa o Grande Prémio da Comunidade Valenciana com legítimas aspirações ao título de Moto3.