O piloto português Miguel Oliveira lamentou a queda que o fez abandonar a quarta prova do Mundial de Moto2, em Espanha, classificando, no entanto, o desempenho como "melhor corrida da época".

"Sabia que ia ser uma corrida muito dura, e, apesar de saber que tinha o ritmo para poder estar na frente, não estava à espera de estar tão à frente. Depois, cometi um erro na quarta curva, quando faltavam seis voltas para terminar, e não consegui terminar aquela que estava a ser a minha melhor corrida", explicou Oliveira no final da prova, citado pela sua assessoria de imprensa.

O piloto da Kalex, em época de estreia no Moto2, saiu de 14.º lugar e conseguiu, progressivamente, conquistar posições.

Permaneceu durante algum tempo no sexto lugar, melhor classificação em pista nesta época, mas acabou por abandonar após despiste, a seis voltas do final, justamente quando assumia uma postura de maior resguardo.

"A seis voltas do fim, percebi que não iria conseguir chegar muito mais à frente. O meu ritmo estava muito constante e decidi não arriscar mais. Perdi a roda dianteira e não consegui segurar mais e isso levou-me a cair. Ainda assim, tive uma corrida muito boa. Prefiro cair a tentar algo bom do que cair em 20.º ou em 16.º", concretizou o vice-campeão mundial da categoria de Moto3.

Depois do segundo abandono consecutivo por queda, Oliveira destacou a aprendizagem e a 'luta' que deu a pilotos mais experientes, nomeadamente o campeão do mundo da categoria, o francês Johann Zarco.

"Retiro coisas muito positivas. Estive a maior parte da corrida à frente do campeão do mundo e de pilotos muito experientes, como Tomas Luthi", destacou.

Durante as 27 voltas do circuito de Jerez de la Frontera, Miguel Oliveira foi fortemente apoiado pelo público português, suporte que o piloto fez questão de agradecer.

"Não tenho palavras para descrever a gratidão que tenho por todos os portugueses que vieram até aqui para me apoiar. Em cada bancada estava uma bandeira. Espero, em breve, poder brindá-los com um bom resultado", concluiu.