Armindo Araújo não poupa críticas à equipa Motorsport Itália, que gere a WRC Mini Portugal, onde o piloto luso era um dos rostos da marca até à semana passada.

O corredor português foi abruptamente afastado do Mundial de Ralis e revelou agora à RTP os contornos da sua saída. «Tinha três dias de testes agendados para Itália. Quando lá cheguei, não fui autorizado a entrar no carro. Convocaram-me então para uma reunião, onde me pediram para dizer que estava doente e que não podia ir ao Rali da Alemanha. Mandaram-me e-mails, tenho provas que já publiquei e mandei para as entidades competentes, para eu escolher as opções de desculpa que queria dar. Era enganar toda a gente e deturpar a verdade», contou o piloto português.

«Fiquei incrédulo com a proposta, dei a minha resposta à equipa, aos meus patrocinadores, à Federação portuguesa e à FIA sobre a minha posição. Estou pronto para ir ao Rali da Alemanha, sou um profissional exemplar, sem qualquer tipo de advertência. Não quero pactuar com falsidade e mentiras. Sendo assim fui obrigado a entregar o assunto aos meus advogados», acrescentou Armindo Araújo.

Questionado sobre os motivos que levaram à degradação da relação entre as duas partes, Armindo Araújo sublinhou que não foi o único réu pelos resultados pouco entusiasmantes da Mini. «A determinado momento da época começaram a tentar culpar-me pelos problemas que a equipa tinha durante a temporada. Talvez tenha começado a ser um incómodo para a própria equipa...», concluiu.