O francês Sébastien Ogier (Volkswagen) assumiu-se hoje como o principal candidato à vitória na 47.ª edição do Rali de Portugal, liderando a prova após os quatro primeiros troços cronometrados, depois do abandono de Mads Ostberg.

No entanto, depois de um início em que prometia um rali dominador, Ogier, líder destacado do mundial de pilotos, viu as suas pretensões serem contrariadas, primeiro pelo norueguês Mads Ostberg (Ford), que, com um andamento muito forte, arrebatou a primeira posição na especial seguinte.

Mas Ostberg, vencedor da última edição após a desclassificação do finlandês Mikko Hirvonen, viu o seu desejo de repetir o triunfo, desta feita em competição, ser desfeito na terceira prova cronometrada, quando capotou com o seu Ford, ficando afastado da luta pela vitória.

Enquanto Ostberg ficava de fora da luta - pode ainda retomar a prova no sábado em super-rali, mas já muito afastado em termos de tempo -, o espanhol Dani Sordo atacou e, depois de vencer as terceira e quarta especiais, ameaça agora a liderança de Ogier, que comanda com apenas 2,4 segundos de vantagem sobre Sordo.

Numa altura em que falta disputar a superespecial de Lisboa para que termine a primeira etapa, a dúvida agora coloca-se em saber se os pilotos irão atacar nos apenas 3,27 quilómetros de extensão daquele troço, ou se optarão por deixar-se atrasar para evitar ter de abrir a estrada no sábado.

Com a previsão de tempo seco para os restantes dias do rali, os pilotos podem tentar partir o mais atrás possível. Com piso seco, quem parte à frente é penalizado, porque há muita terra solta nos troços e a aderência dos carros não é a ideal. À medida que alguns carros passam, a trajetória começa ficar desenhada e aqueles que passam a seguir já não perdem tanto tempo.

Este ano, com apenas oito equipas inscritas, o lote português está longe de dar nas vistas, sendo liderado pelo açoriano Ricardo Moura, bicampeão nacional de ralis, que conduziu o seu Mitsubishi ao 18.º lugar da geral, com mais 4.48,8 minutos do que o comandante e apenas com 2,3 segundos de vantagem para Bruno Magalhães (Peugeot), que o secunda na classificação dos lusos.