Os municípios do Algarve e do Alentejo, bem como as entidades regionais de turismo algarvias e alentejanas manifestaram hoje a estranheza pela eventualidade de o Rali de Portugal mudar para o norte do país.

Em conferência de imprensa conjunta, os organismos manifestaram a sua estranheza com «algumas notícias» que davam conta de uma possível mudança do rali, tendo na ocasião sido mostrado um protocolo, assinado em janeiro de 2012, pela Associação de Municípios Loulé/Faro Automóvel Clube de Portugal (ACP) e o ACP Motorsport, em que está prevista a realização das provas em 2013, 2014 e 2015.

«O contrato foi assinado com base na confiança e na boa-fé. Lembro que o rali veio há sete anos para o Algarve, numa altura em que corria o risco de sair do mundial, como sucedeu, mas reconquistou o seu lugar, sendo hoje disputado em troços de competitividade elevada», disse Macário Correia, presidente da Câmara Municipal de Faro.

Por seu turno, o edil de Loulé, Seruca Emídio, frisou que, «apesar de ser o ACP a entidade organizadora, a componente fundamental do rali é o Turismo de Portugal».

«Uma decisão final passa muito pelo que o Turismo de Portugal entender que é o melhor para o país. Temos confiança de que a decisão será a continuidade e estamos aqui para mostrar a disponibilidade e vontade para continuarmos», acrescentou.

Desidério Silva, presidente do Turismo do Algarve, revelou, por outro lado, ter falado com os responsáveis do Turismo de Portugal e que lhe foi transmitido que não havia nenhuma decisão e que nada tinha mudado.

Depois de terem enumerado as razões para que o rali continue a ser disputado no sul do país, entre questões de segurança e também económicas, foi igualmente transmitido que, apesar de não terem recebido qualquer comunicação no sentido de uma futura mudança da prova, irão solicitar reuniões formais com o ACP, envolvendo ainda o Turismo de Portugal, para discutirem o assunto.