O Rali de Portugal vai integrar pelo oitavo ano consecutivo o calendário do Mundial, que arranca na quinta-feira em Monte Carlo, e volta a concentrar-se na região norte, depois de ali ter regressado em 2015.

Com algumas alterações em relação ao ano passado, a 50.ª edição do Rali de Portugal, que se disputa entre 19 e 22 de maio, apresenta como principal novidade duas 'especiais' no centro do Porto, concelho que ficou fora do 'mapa' da prova no regresso ao norte.

Com 14 municípios envolvidos e centro de operações em Matosinhos, o Rali de Portugal terá 368 quilómetros cronometrados, repartidos em 19 troços, mais três do que no ano passado, incluindo o ‘Porto Street Stage’, duas classificativas-espetáculo de 1.850 metros na zona da Avenida dos Aliados, no centro do Porto.

A organização, a cargo do Automóvel Clube de Portugal (ACP), vai manter inalterado o essencial da estrutura desportiva da prova, que voltará a ter a partida simbólica de Guimarães, na quinta-feira, 19 de maio, dia em que se disputa a única superespecial do rali, na pista de ralicrosse de Lousada.

No segundo dia, os carros visitam o Alto Minho, com duas passagens pelos troços cronometrados de Ponte de Lima, Caminha e Viana do Castelo, antes do ‘Porto Street Stage’, enquanto a zona do Marão recebe o rali a 21, com duas passagens pelos troços de Baião, Marão e Amarante (Fridão) – o maior da prova, com 37,67 km.

No dia de encerramento, haverá duas passagens por Vieira do Minho e outras tantas por Fafe, a segunda das quais será uma ‘power stage’.

Realizado sem interrupções desde 1967, o rali português integrou o campeonato do mundo em 36 edições. Excluindo as seis primeiras, a mais longa ausência do mundial aconteceu nas cinco edições que mediaram entre 2002 e 2006.

Durante muitos anos considerado um dos melhores do mundo, o Rali de Portugal foi excluído durante aquele período por questões de segurança, o que coincidiu com o seu afastamento da região do Porto e a sua mudança de ares: primeiro para Trás-os-Montes e depois para o Algarve.

Em 2005, fixou-se nas estradas de terra do sul e, em 2007, voltou a fazer parte do Mundial WRC. De lá para cá, só ficou de fora em 2008, ao abrigo da política de rotação então em vigor, e 'assistiu' aos triunfos de nomes como Sébastien Loeb, nove vezes campeão do mundo, e Sébastien Ogier, seu sucessor.

No ano passado, o triunfo foi para o finlandês Jari-Matti Latvala e a organização também cantou vitória com o regresso ao norte, exultando com o que considerou ter sido um êxito.