Sete meses após ter sido mãe e um ano depois ter ficado de fora por causa da gravidez, Inês Ponte voltou ao Rali de Portugal, mas a ‘aventura’ como navegadora de José Pedro Fontes terminou prematuramente, na sexta-feira.

Um problema na embraiagem do Citroen DS3 R5 obrigou-os a abandonar a prova no segundo dia e descoloriu o regresso de Inês Ponte ao Rali de Portugal, 10 anos depois da sua última presença, então formando equipa com outra mulher, Diana Pereira.

Casada com o piloto de todo-o-terreno Pedro Grancha, com quem conquistou o título de campeã nacional de navegadora, é a portuguesa com maior currículo no desporto automóvel. Habituada a grandes desafios, teve há sete meses um dos mais importantes na sua vida: a maternidade.

A gravidez afastou-a da possibilidade de conquistar o título nacional de ralis em 2015, ganho precisamente por José Pedro Fontes, e deixou-a fora do Rali de Portugal, ao qual chegou este ano já como mãe, uma situação que Inês Ponte assume ser “um bocadinho mais difícil de conciliar” pelo tempo que não passa com o filho Duarte, mas que não lhe tira o foco no seu papel como navegadora.

Quando se senta no carro, garante, não pensa em mais nada que não seja “estar totalmente concentrada e fazer bem o trabalho” e nem a maternidade lhe condicionou a destreza ou lhe diminuiu a coragem: “Ou sou inconsciente ou separo muito bem as coisas”, diz a sorrir.

“Eu pelo facto de ter sido mãe não mudei em nada a maneira de pensar e tenho que conseguir separar as situações e ser totalmente profissional”, acrescentou, já em tom mais sério.

Com 31 anos, Inês Ponte, fisioterapeuta de profissão, não tem dúvidas de que “é fácil conseguir conciliar a profissão com os automóveis”. Dos automóveis, lembra-se bem de como tudo começou. “Foi o meu pai que quase me obrigou a gostar deste desporto, mas foi fácil ficar apaixonada”, recorda. Ainda muito jovem, com cerca de 10 anos, fez as primeiras corridas no kartcross, mas após a primeira experiência como copiloto, “nunca mais quis outra coisa”.

Quanto à participação na edição deste ano do Rali de Portugal, diz que “fica um sabor amargo participar nesta festa”, com tanta gente a assistir, e “ter que gerir o carro porque o campeonato Nacional é o objetivo e esta prova não dá pontos, partilhando a opinião de José Pedro Fontes, que já havia manifestado à Lusa que “não faz nenhum sentido o Rali de Portugal não pontuar para o campeonato”.

Com o Rali de Portugal concluído prematuramente, nos próximos dias embarcam para São Miguel, para participar no fim de semana no Rali dos Açores e defender a liderança do campeonato nacional, após duas provas realizadas.

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