O piloto espanhol Carlos Sainz está em Portugal, onde há 30 anos se estreou no Mundial de Ralis, com um Ford Sierra RS Cosworth.

Bicampeão mundial de ralis, em 1990 e 1992, Carlos Sainz, que deixou os ralis em 2005, tem boas memórias da prova portuguesa. Na corrida de estreia, venceu a sua primeira especial de classificação, mas acabaria por abandonar "com problemas no turbo do Cosworth", recordou.

Agora, 30 anos passados, "o Rali de Portugal é muito diferente", considera.

Sainz tem na memória um rali onde sempre teve “um bom `feeling´, mas que era uma rali bem diferente, já que tinha zonas muito específicas e todas elas diferentes, como eram as zonas de Fafe, Arganil, ou Viseu”.

Hoje, "o Mundial está diferente e, esta época, especialmente competitivo e equilibrado, sem que haja uma marca ou um piloto dominadores", diz o antigo campeão de ralis.

Na sua longa carreira, conduziu para marcas como a Toyota, Subaru, Citroen e Ford.

Também por isso, pela ligação à Toyota, com quem venceu o Rali de Portugal em 1991, Carlos Sainz vê com agrado o regresso da Toyota ao Mundial.

"É muito bom voltar a ter a Toyota a competir. Tem um carro que já mostra algum potencial e que, com mais algum trabalho da equipa, poderá ficar ainda mais competitivo", disse.

Em 18 anos de carreira, Carlos Sainz participou em 196 ralis do Mundial, venceu 26 e subiu por 97 vezes ao pódio. A última vitória foi no Rali da Argentina, em 2004, e o rali da despedida foi no ano seguinte, na Grécia, no Rali da Acrópole.