O Campeonato Mundial de Futebol realiza-se em Junho próximo na África do Sul, país com uma vasta linha de fronteira com Moçambique e que acolhe a maior diáspora moçambicana, mais de dois milhões de pessoas.

Segundo Augusto Paulino, uma vez que as autoridades sul-africanas precisam de estancar os altos níveis de criminalidade no seu país, para garantir uma Taça do Mundo tranquila, os criminosos sentir-se-ão obrigados a emigrar para outros países da África Austral, incluindo Moçambique.

“Porque o movimento dos criminosos durante o Mundial pode assustar turistas, temos que redobrar os esforços de luta contra o crime antes da chegada dos nossos visitantes e antes de a nossa própria sociedade entrar em pânico”, sublinhou o

Procurador-geral da República de Moçambique, falando no âmbito de uma visita que realiza à província de Gaza, sul do país, que faz fronteira com a África do Sul.

Para Augusto Paulino, neutralizar as redes de quadrilhas de assaltantes à mão armada em fuga da África do Sul será um importante contributo de Moçambique para o sucesso do Mundial de Futebol.

“Há uma necessidade de estancarmos o crime para não pormos em causa a nossa própria contribuição para o sucesso do Mundial, proporcionando hospitalidade aos turistas em trânsito para o Mundial. Tudo deve ser feito de forma a que os turistas não considerem Moçambique um país difícil por causa do crime”, sublinhou o Procurador Geral da República.

Nesse sentido, Augusto Paulino apelou aos operadores do sistema de administração da justiça para estarem à altura de enfrentar uma eventual escalada no crime, com a realização da maior prova de futebol mundial.