O seleccionador nacional, em entrevista ao diário “A Bola”, afirmou que o objectivo da selecção nacional no campeonato do Mundo passa por alcançar as meias-finais da prova e discutir a passagem com os favoritos Brasil, Itália, Alemanha, Argentina ou Inglaterra.

A poucos dias de se conhecer a convocatória para o Mundial 2010, Carlos Queiroz admitiu ainda que já tem 20/21 jogadores escolhidos e que tem sob observação dois ou três jogadores para completar a lista de 23 atletas.

“Diria que estão decididos 20/21. Não quer dizer que na próxima semana não possa haver uma variação em dois ou três que estamos a observar.” Disse o seleccionador nacional na entrevista á diário desportivo “A Bola”.

Carlos Queiroz afirma ainda sobre os convocados que “a situação do Pepe está a mexer com várias decisões “ e que “há um capital de trabalho, de rendimento e entrega dos jogadores durante dois anos de trabalho”, sobre o qual vai fundamentar a sua decisão final.

Sobre as declarações de Jorge Jesus, em que o treinador do SL Benfica afirmou que “alguém estaria distraído se Fábio Coentrão, Rúben Amorim e Carlos Martins não fossem convocados”, Carlos Queiroz não quer entrar em polémica e diz que é natural que o técnico encarnado queira prestigiar e promover os seus jogadores.

“As minhas decisões não são influenciáveis por causa de uma opinião respeitável. Dá-me prazer chegar a este ponto da carreira e dizer que todas as equipas por que passei ganharam ou perderam com as minhas decisões. Para o bem e para o mal assumo as responsabilidades. É legítimo e compreensível Jesus sentir-se na obrigação de prestigiar e promover os seus jogadores. O que não é legítimo é adjectivar o trabalho de um colega se este tiver uma opinião diferente. Todos os dias temos à nossa frente duas opções: engrandecer os nossos sucessos ou cair na armadilha de cometer fanfarronices e idiotices. Tenho a certeza, agora que Jesus está à beira de conquistar o primeiro grande título, de que vai reflectir sobre isto.”

O primeiro jogo de Portugal na África do Sul é frente à Costa do Marfim e para Carlos Queiroz essa será uma partida determinante para a selecção portuguesa, classificando-a de “uma final”.

“A nossa final é o jogo com a Costa do Marfim. Para termos a ambição de sermos campeões não precisamos de dizer que vamos ganhar todos os jogos. Precisamos de correr à frente da Costa do Marfim, depois da Coreia do Norte e do Brasil. Esse é o meu desafio aos jogadores. Doutra forma corremos o risco de estarmos a jogar vários campeonatos e de os jogadores confundirem coreanos com brasileiros.”

Carlos Queiroz assume que a ambição da selecção nacional será estar entre os melhores e aponta para as meias-finais do torneio.
Não é objectivo, é a nossa ambição Queremos chegar lá.

Sobre a possibilidade de Portugal se sagrar campeão do Mundo, Carlos Queiroz diz que a selecção nacional tem de ter essa ambição pois acredita que temos equipa e jogadores para discutir qualquer jogo de igual para igual.

“Portugal tem de ter essa ambição de nos metermos no meio dos favoritos porque temos uma boa equipa, bons jogadores e sabemos que podemos discutir um jogo de igual para igual e ganhar. Mais: temos de fazer com que os adversários acreditem que lhes podemos ganhar. Disse isso na qualificação. Não fui eu que estive do lado do descrédito. Graças a Deus ainda não conseguiram encontrar o burro.”