A formação "canarinha", única vencedora fora do seu continente, ganhou em 1958 (Suécia), 1962 (Chile) e 1970 (México), arrebatando a Taça Jules Rimet - atribuída à primeira selecção a somar três triunfos -, e ainda em 1994 (Estados Unidos) e 2002 (Coreia do Sul e Japão).

Edson Arantes do Nascimento, vulgo "Pelé", é o único tricampeão mundial e a grande referência do Brasil, que tem outras figuras incontornáveis, como Garrincha e o seu “Drible de Deus” ou Mário Zagalo, bicampeão como jogador e vencedor como seleccionador e coordenador técnico.

Mas, os brasileiros mostraram ao Mundo mais uma série de futebolistas de enorme qualidade, como Leónidas, Ademir, Vavá, Didi, Amarildo, Gilmar, Djalma Santos, Jairzinho, Rivelino, Tostão, Carlos Alberto, Gerson, Zico, Sócrates, Falcão, Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho ou Kaká.

O Brasil conta também mais vitórias (64) e golos marcados (201), mas viveu também grandes dramas, especialmente a perca do título em casa (1950), mas também a derrota da final de 1998, face à anfitriã França, ou a eliminação da "super equipa" de 1982, frente à Itália.

A formação transalpina “enganou” os brasileiros em 1982 e está, após o triunfo na última edição, de novo em “cima” do conjunto “canarinho”, com quatro ceptros, sendo que o seu estatuto poderia ser outro, caso não tivesse perdido duas finais precisamente com os brasileiros (1970 e 1994).

Sob o comando de Vittorio Pozzo, o único seleccionador com dois títulos, a Itália venceu em 1934, como anfitriã, e em 1938 (França), alcançando o "tri" em 1982 (Espanha) e o “tetra” em 2006 (Alemanha).

Por seu lado, a Alemanha, então RFA, segue no terceiro lugar do “ranking”, com três triunfos, em 1954 (Suíça) e 1974 (em casa), ao bater na final as "todo poderosas" Hungria e Holanda, respectivamente, e em 1990 (Itália), neste caso sob o comando de Franz Beckanbauer, único, a par de Zagallo, a vencer como jogador e treinador.

Com dois títulos, segue o Uruguai, que venceu em 1930 a primeira edição, disputada exclusivamente em Montevideu, e conquistou o segundo sucesso em 1950, destroçando o anfitrião Brasil, e a Argentina, vencedora em 1978, perante os seus adeptos, e em 1986, no México, onde Diego Armando Maradona tratou do assunto sozinho.

A restrita lista de campeões mundiais engloba ainda os nomes de Inglaterra e França, ambas vencedoras quando foram anfitriãs: os inventores do futebol ganharam em 1966, prova em que brilhou o português Eusébio (nove golos), e os gauleses em 1998, com um grande Zidane na final.

O campeonato do Mundo é, assim, um exclusivo de selecções da América do Sul e da Europa, empatadas com nove ceptros, e o seu formato sofreu significativas alterações, nomeadamente no que respeita aos participantes: depois de não haver número uniforme nas primeiras quatro edições (13 em 1930, 16 em 34, 15 em 38 e 13 em 50), manteve-se em 16 de 1954 a 1978, passando para 24 em 1982 e subindo a 32 a partir de 1998.

Os sistemas de desempate sofreram também mudanças: primeiro realizava-se segundo jogo (até 1958), depois a diferença de golos começou a "pesar" e, em 1982, nas meias-finais (RFA-França), chegou a "lotaria" das grandes penalidades, que viria a marcar muito a prova.

Depois do "limpinho" sucesso conseguido em 1986 pela Argentina, apenas o Brasil, em 2002, não precisou desta forma de desempate para chegar ao título, ao contrário da RFA em 1990 (meias finais, com a Inglaterra), do Brasil em 1994 (final, com a Itália), da França em 1998 (quartos de final, com a Itália) e da Itália em 2006 (final, com a França).

A fase final dos Mundiais já acolheu um total de 75 selecções - a Eslováquia estreia-se em 2010 -, sendo que 11 delas chegaram, pelo menos uma vez, à final: as sete vencedoras e ainda a Checoslováquia, a Hungria e a Holanda (todas com duas derrotas) e a Suécia (uma).

Por seu lado, Polónia, Estados Unidos, Áustria, Chile, Portugal, Croácia e Turquia já alcançaram o lugar mais baixo do pódio, enquanto Jugoslávia, Espanha, União Soviética, Bélgica, Bulgária e Coreia do Sul têm como melhor o quarto posto.