Na África do Sul, de 11 de junho a 11 de julho, os “canarinhos” chegam com um conjunto muito experiente, com menos fantasia, mas muito rigoroso tacticamente, enquanto os espanhóis são a equipa do futebol cativante, com matriz vencedora, uma espécie de FC Barcelona versão selecções.

No cargo depois do Mundial2006, que para o Brasil acabou nos “quartos” (0-1 com a França), o ex-“capitão” Dunga deu-se ao luxo de prescindir de Ronaldinho, Adriano ou Pato, tudo em nomes dos seus valores, que passam por o colectivo ser muito mais importante do que as individualidades.

Dunga tem sido muito contestado, pela falta de “samba” no futebol da “canarinha”, mas já venceu a Copa América e a Taça das Confederações, foi o primeiro na qualificação sul-americana e tem legítimas aspirações ao “hexa”, ou não fosse o Brasil a única selecção já vencedora em continente alheio.

Espetar uma lança em África, depois das colocadas na Europa (em 1958, na Suécia) e Ásia (em 2002, na Coreia do Sul e Japão) é o único objectivo do Brasil, com a arte de uns (Kaká, Robinho ou Fabiano) e o trabalho de outros (Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan, Filipe Melo ou Ramires).

Se o Brasil, único totalista em fases finais, procura o sexto título, a Espanha, presente desde 1978, tem como ambição tornar-se o oitavo campeão do Mundo da história, dois anos depois da conquista do Europeu.

A formação encantou na Áustria e Suíça sob o comando de Luis Aragonés e com o seu sucessor (Vicente Del Bosque) tem “crescido” ainda mais, com um futebol baseado na posse de bola, à imagem do “Barça”, de Pep Guardiola.

Com jogadores como Xavi, Iniesta, Cesc, Busquets, Xabi Alonso, Silva, Villa ou Torres, bem resguardados por Casillas, Sérgio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevilla, “la roja” é uma equipa temível e que bem pode juntar-se a Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, Inglaterra e França.

A segunda linha de candidatos inclui ou outros campeões, com excepção do Uruguai (vencedor em 1930 e 50) e especial destaque para a Argentina, de Lionel Messi, o melhor jogador da actualidade, isto se Diego Armando Maradona conseguir, finalmente, pôr o colectivo a funcionar.

A muito renovada Itália, detentora do título, e a experiente França, “vice” em 2006, também querem o cetro, tal como a Inglaterra, de Rooney, Lampard, Gerrard e Terry, “reforçada” com Fábio Capello e, quase por “obrigação”, a Alemanha, mesmo desfalcada de Michael Ballack.

Entre as restantes formações, a Holanda pode sempre surpreender, com “estrelas” como Robben, Sneijder, Van der Vaart ou Van Persie, enquanto Portugal, mesmo com o pior “plantel” do milénio, tem Cristiano Ronaldo, que brilhou - sem nada ganhar - na primeira época como “merengue”.

Numa edição com apenas um estreante (a Eslováquia), as equipas africanas, a atuar em casa, são candidatas a surpreender, sobretudo a Costa do Marfim, de Didier Drogba e Sven-Goran Eriksson, e os Camarões, de Samuel Eto’o.

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