“É bom que faça dois, três ou quatro. Era bom para todos nós, eu gostava imenso que ele batesse o recorde de todos os árbitros, porque era sinal do respeito que as instituições têm por nós e a confirmação do valor”, disse o antigo juiz, de Setúbal, em declarações à Agência Lusa.

Olegário Benquerença, de Leiria, estreia-se hoje em fases finais de Mundiais, no encontro que opõe o Japão aos Camarões, a contar para o Grupo E, depois do confronto entre Holanda e Dinamarca. Ainda hoje a Itália inicia a defesa do título conquistado em 2006 diante do Paraguai, no primeiro jogo do Grupo F.

Como árbitro principal, Carlos Valente dirigiu um jogo no México86 e dois no Itália90, igualando a marca do leiriense António Garrido (1978 e 1982) e do lisboeta Vítor Pereira (1998 e 2002).

Antes deste trio, apenas Vieira da Costa (Porto), Joaquim Campos (Lisboa) e Saldanha Ribeiro (Leiria) tinham alcançado o estatuto de árbitros “mundialistas”.

“Significa sempre um aumento do prestígio para o setor, fundamentalmente, e é bom para Portugal manter esta prestação e ter árbitros nos Mundiais. Este ano está o Olegário, que está numa fase boa da carreira. É excelente para ele e confere mais responsabilidade à arbitragem portuguesa, que também é positivo”, referiu Carlos Valente.

O setubalense considera que o mediatismo da competição faz com que “seja visto como um grande teste à arbitragem”, rejeitando que a estreia de Olegário Benquerença seja num jogo de menor expressão.

“No Mundial não há jogos de segunda linha. Todos os jogos são importantes, estamos na primeira fase e o Japão-Camarões opõe selecções fortes, sem que haja favoritos”, sublinhou Carlos Valente, elogiando as arbitragens dos primeiros jogos do Mundial2010.