Na análise de computador realizada e agora divulgada na revista científica PLoS One, no top 20 dos jogadores, encabeçada pelos espanhóis Xavi e Sérgio Ramos, Cristiano Ronaldo segue em oitavo, Petit em 10.º e Bosingwa em 14.º.

Já entre as selecções, a campeã Espanha surge como a melhor cotada, em termos gerais, mas Portugal é ‘campeão’, segundo este modelo, no desempenho frente aos adversários.

A selecção nacional consegue ainda um quarto e um 12.º lugar na valoração das ‘performances’ durante os jogos e na lista dos melhores desempenhos no torneio, disputado na Áustria e Suíça, conseguiu um terceiro posto.

O professor de biologia e engenharia química comentou que quando o jogo está a correr bem, pensa-se que os jogadores estão a actuar melhor, do que estão na realidade.

Na universidade de Northwester, o português juntou-se a Jordi Duch (matemático) e Josh Waitzman (informátco) e, através de um modelo computacional, analisaram cada encontro e concluíram que os melhores jogadores eram os que mais tocavam na bola na jogada que terminava em remate à baliza.

O professor português acredita que esta avaliação pode ser uma mais-valia em torneios menos importantes e para comparar futebolistas em diferentes campeonatos e épocas.

Estes ‘rankings’ são semelhantes às opiniões dos treinadores e especialistas: por exemplo, na eleição de Xavi como melhor jogador.

Tal como as análises estatísticas influenciam as equipas de basebol a gastar os seus milhões, Luís Amaral prevê que as de futebol comecem a seguir o mesmo caminho.

O modelo pode ainda ajudar no basquetebol, embora seja um desporto muito apoiado em estatísticas, mas não a nível da cadeia de passes para marcar pontos, assim como às áreas de negócio, ao avaliar as contribuições individuais no grupo.

Com o programa informático criado foi desenhado o movimento da bola entre os jogadores, avaliadas as formas como a bola pode percorrer o campo e contaram quantas vezes e como a bola foi passada numa jogada que resulte em remate.