“A França precisa de mais coesão mas, sobretudo, não vimos uma equipa tranquila e, tal como nos jogos de treino antes do Mundial, tem muita dificuldade para marcar um golo”, disse o médio, que alinha na equipa da Figueira da Foz desde 2007/08.

Depois do nulo na estreia frente ao Uruguai, a selecção gaulesa defronta hoje o México, que também não foi além de um empate diante dos anfitriões (1-1), no primeiro jogo.

“Eu acho que não tem muita coisa a perder. Ninguém dá grande favoritismo à França, acho que há outras equipas mais favoritas, mas contra o México e contra a África do Sul não tem nada a perder e tem de jogar mais liberta”, referiu Godemeche.

Com a exibição do primeiro jogo na memória, o médio da Naval 1.º de Maio considera que para ocorrer uma “surpresa” do conjunto comandado por Raymond Domenech tem de melhorar bastante.

“Eu não a coloco como favorita, mas como ‘outsider’ e pode fazer uma surpresa mas, a jogar assim, nunca vai fazê-la e até vai ser complicado passar a fase de grupos”, sublinhou.

Godemeche não questiona a qualidade individual dos seleccionados franceses, mas considera que só com “coesão” e entreajuda poderão sobressair.
“Em termos de qualidade de jogadores, é claro que a França pode estar no lote dos favoritos, porque tem o Ribery, o Evra e o Thierry Henry. Só não vemos o espírito de equipa dentro deste grupo que, numa competição como o Mundial, é o que pode fazer a diferença”, concluiu.

Além do confronto entre franceses e mexicanos, em Plokwane, joga-se também hoje a segunda jornada do Grupo B, com o desafio entre a Argentina e a Coreia do Sul, em Joanesburgo, e, depois, a partida que vai opor a Grécia à Nigéria, em Bloemfontein.