Numa série de entrevistas conjuntas com televisões e jornais que se encontram a acompanhar a campanha da selecção nacional na África do Sul, Carlos Queiroz fez questão de realçar o bom ambiente vivido no seio do grupo de trabalho. "A minha sensação é que está tudo tão bem, está tão bem demais que isso abre algum espaço à imaginação àqueles que têm de inventar histórias e factos para que isto se torne um bocadinho mais vivo e excitante".

O seleccionador nacional garante que a equipa "acredita no caminho que está a seguir e quando isso acontece é uma fé inabalável e sabemos que se não for hoje mais à frente as coisas vão acontecer".

Sobre o caso Deco, Queiroz desvaloriza e garante que não "obrigou" o jogador a fazer um pedido de desculpas. "Já não sou jovem suficiente para precipitar decisões e raciocínios e sobretudo já não sou tão novo assim que me permita pensar que sei tudo na vida", disse Queiroz para justificar que o "importante no grupo de trabalho é haver relações de confiança, seriedade e sobretudo acreditar que estamos a caminhar na direcção certa".

No entanto, o seleccionador considera que Deco cometeu um erro ao proferir aquelas palavras no final do jogo. "Todos nós por algumas vezes cometemos excessos de linguagem, seja por razões emotivas ou contexto mas o mais importante foi verificar-se que depois das declarações do Deco a seriedade se manteve e a confiança é absoluta", referiu o seleccionador.

Já sobre Nani, Queiroz reforça a ideia que existem relatórios médicos a confirmar a lesão do jogador e a necessidade de ser substituído por Ruben Amorim. "Nunca dissemos que o Nani não podia fazer a sua vida normal, carregar malas mas os exames complementares mostraram que a lesão óssea que atingiu jogador não o dava apto para esta competição (Mundial 2010)", reforçou Carlos Queiroz.

A preparação de Ruben Amorim não deixa dúvidas a Carlos Queiroz que o considera "um dos 23" recusando favoritismos "pela ordem de chegada" dos jogadores à selecção, após a convocatória.