"O Chile é uma equipa em ascensão e vai lutar muito para chegar mais longe neste Mundial", afirmou Dunga, assinalando que o jogo de segunda feira com o vizinho Chile, no Ellis Park, em Joanesburgo, inicia a fase crucial na competição.

Dunga afirmou que "os 90 minutos serão decisivos" e declarou que "os erros não são permitidos, sob pena de se voltar para casa".

O seleccionador brasileiro já pode contar com o contributo de Kaká, ausente no empate (0-0) com Portugal, na última jornada do Grupo G, na sequência de um jogo de suspensão imposto pela expulsão do médio do Real Madrid frente à Costa do Marfim.

No lado dos chilenos, derrotados na última jornada do Grupo H pela Espanha, campeã europeia em título, o seleccionador Marcelo Bielsa tem Waldo Ponce e Gary Medel a cumprirem castigo disciplinar.

O técnico argentino ao serviço da equipa chilena garantiu que "la roja" não vai jogar para o empate, referindo que o Chile quer ir mais longe no Mundial da África do Sul.

"Não tenho o sentimento de que a minha missão e a desta equipa está cumprida", disse, prometendo: "Vamos fazer tudo para que o Mundial não acabe para nós".

Bielsa reconheceu o valor da selecção brasileira, mas ressalvou a qualidade da formação chilene, "com bons jogadores".

Matias Fernandes ("Matigol"), jogador do Sporting, e Carmona, no lugar de Estrada, expulso no embate com Espanha, devem actuar no onze inicial.

Brasil e Chile encontraram-se pela última vez no Mundial de França, em 1998, no Parque dos Príncipes, também nos oitavos de final.

O Chile perdeu então, por 4-1, com Dunga a actuar como "capitão" da equipa brasileira, pentacampeã do Mundo e a única nação totalista em participações em Mundiais (19).

O vencedor do jogo entre brasileiros e chilenos defrontará nos quartos de final a Holanda ou a Eslováquia, a 2 de Julho, em Port Elizabeth.