Pedro Lourtie compreende a dimensão do fenómeno futebol, acreditando que “há um maior impacto ao nível da imagem dos países” do que numa possível “compensação da crise” e que, tendo por base o caso francês, “o futebol tem o seu domínio e não se devia misturar”.

“A dimensão do futebol não tem impacto a nível da compensação da crise, quanto muito terá impacto ao nível da imagem de um país. Muitos estrangeiros conhecem Portugal através da Selecção, é uma porta de entrada, sem dúvida. No caso de França, não pretendendo alongar-me muito, é mais um caso em que a imagem do país é afectada. O país questiona-se quando a imagem é afectada, julgo que foi isso que se passou. O futebol não é um assunto de Estado, mas a imagem sim”, frisou o Secretário de Estados para os Assuntos Europeus.

No plano inverso, na opinião de Pedro Lourtie, a crise também não interfere com o Mundial e o afastamento de várias selecções europeias tem outras razões.

“Quando organizam Mundiais fora da Europa, por norma, nunca nenhuma equipa europeia ganhou. Tem a ver com a adaptação. A crise não está por detrás deste afastamento neste Mundial em concreto”, salientou.