Na Cidade do Cabo, na África do Sul, Thomas Müller (três minutos), Miroslav Klose (68 e 89) e Arne Friedrich (74) eliminaram a Argentina nos quartos de final do Mundial2010, tal como já tinha sucedido no Alemanha2006, agora sem necessidade do desempate por penalidades, impondo-se pela quarta vez à “equipa das Pampas” em seis partidas de fases finais, rumo ao “tetra” (1954, 1974 e 1990).

O avançado de origem polaca do Bayern Munique, que somou a 100.ª internacionalização pela “Mannschaft”, igualou o argentino Higuain, o holandês Sneijder, o espanhol Villa e o eslovaco Vittek, como melhores marcadores do torneio, tal como o colega Thomas Müller (quatro tentos).

Além disso, Klose, presente também nas provas de 2002 e 2006, atingiu os mesmos 14 tentos em fases finais do compatriota Gerd Müller e está a um só golo de ficar empatado com o recordista, o brasileiro Ronaldo.

“Estou orgulhoso desta equipa há muito tempo, não é de hoje. O que fizemos na segunda parte é verdadeira classe. Demonstrámos uma vontade de campeões. Marcar quatro golos é formidável. Messi não pôde jogar. Anulámo-lo e quase sem fazer faltas”, congratulou-se o seleccionador alemão, Joachim Low.

A chanceler alemã Ângela Merkel vibrou nas bancadas do Estádio Green Point, enquanto o seleccionador argentino, Diego Maradona, levava as mãos à face, em sinal de frustração, sem conseguir corresponder às expectativas de alguns espectadores, com tarjas: “Deus existe e está no banco (de suplentes)”.

“Este é o momento mais duro da minha carreira”, reconheceu Maradona, adiantando que ainda não decidiu o seu futuro, que vai analisar em conversas com a família, os jogadores e a federação.

A Espanha, “carrasca” de Portugal nos oitavos de final, e o Paraguai, que nunca chegou a fase tão adiantada da prova, defrontam-se ainda hoje para ver qual o próximo adversário dos germânicos, a partir das 20:30 locais (19:30 em Lisboa), no Estádio Ellis Park, em Joanesburgo.