Com sangue turco nas veias, este jovem de 21 anos, nascido em Gelsenkirchen, despontou para o futebol no Schalke 04. Desde cedo habituou-se a comandar o meio-campo das selecções jovens alemãs e foi a estrela do Europeu de sub-21, em 2009, que a Alemanha venceu com uma goleada (4-0) sobre a Inglaterra na final.

Esse ano marcou a sua estreia na ‘Mannschaft’ e o seleccionador Joachim Löw logo lhe reconheceu enorme talento. Antes do Mundial 2010 começar, a lesão do capitão Michael Ballack deixou um ponto de interrogação sobre o que poderia a Alemanha fazer. A resposta foi dada por Özil, que assumiu a batuta da equipa, sempre bem secundado por Müller, Podolski, Khedira e Schweinsteiger.

Actualmente no Werder Bremen, Özil já faz sonhar alguns colossos do futebol europeu, nomeadamente Manchester United e Barcelona. Tudo por culpa das boas exibições no Mundial 2010. Preponderante na caminhada até à medalha de bronze, destacou-se no jogo com o Gana, ao apontar o golo solitário da vitória germânica, num belo remate de fora da área.

Além do golo, espalhou o perfume de um futebol pleno de técnica, inteligência e qualidade. Quer a servir os colegas, sempre com sentido colectivo, quer a assumir o protagonismo e o poder de decisão. Faltou-lhe apenas mais inspiração na meia-final com a Espanha para poder escrever outra história sobre esta Alemanha.

Contudo, é para Özil que os alemães podem olhar com tranquilidade sobre o seu futuro. O número oito da selecção germânica personifica o talento que as recentes gerações de imigrantes trouxeram – na equipa existia ainda ‘berço’ polaco ou ganês -, aliando a isso a disciplina táctica e maturidade que sempre caracterizaram os alemães. E isso só pode deixar os adeptos ansiosos pelo futuro da nova ‘Mannschaft’.