Discute-se muito quem são os três grandes Clubes do país. A história diz-nos que são o Sporting, o Benfica e o Porto dado o seu ecletismo. Esta é a realidade. Mas quanto a futebol? O Braga tem nestes últimos anos superado o Sporting. Por isso alguns responsáveis bracarenses, o auto declararam como o terceiro clube de Portugal. Mas esqueceram-se de dizer em futebol. Pelo andar deste campeonato, e se a tendência se mantiver, o nosso campeonato pode ficar similar ao espanhol onde só existem dois grandes: Barcelona e Real Madrid.

De facto o Benfica e o Porto teimam em não se desligarem, continuam lado a lado na corrida para o título e a distanciarem-se consideravelmente dos terceiros. Obviamente aquele que vencer o encontro do próximo dia 13 de janeiro no Estádio da Luz descola. Se empatarem fica tudo na mesma. A luta por um lugar no pódio, vai depender do que o Sporting faça logo à noite em Moreira de Cónegos? Se vencer fica a quatro pontos do Braga. Se não ganhar?

O Benfica não repetiu a excelente exibição realizada frente ao Celtic. Porquê? Segundo Jesus a Liga dos Campeões deixa marca e desgasta os jogadores. De facto a dinâmica da equipa teve uma intensidade muito mais baixa, dado a que alguns jogadores não estiveram ao nível do jogo com os escoceses. Mas frente a um Olhanense que na primeira parte estacionou todos os seus jogadores no seu meio campo, o Benfica dominou o jogo como quis, marcou por duas vezes e mais do dobro ficaram por marcar.

O Porto foi a Braga e iniciou o jogo a todo o vapor. Teve um remate ao poste e assenhorou-se do comando da partida durante os quinze minutos iniciais. Mas o Braga aos poucos foi equilibrando o jogo. Por cansaço? Ou pela boa réplica dos arsenalistas, o trio maravilha que aqui já referenciamos James, Lucho e Moutinho, não estavam inspirados. Lucho pouco se viu. Moutinho uma sombra do que fez frente ao Dínamo. James foi o mais equilibrado e no final desequilibrou mesmo.

Na segunda parte o Braga foi mais acutilante, jogou melhor que o Porto, deu trabalho a Helton, enquanto Beto só realizou uma defesa em todo o jogo. O jogo caminhava para o fim, e pelo que foi realizado pelas equipas podíamos dizer que estava a ser equilibrado. E quando já se perspetivava o empate, eis que o feiticeiro James numa jogada de mágico, esfregou bota na bola e marcou. O segundo foi fruto do desespero de Salino que o ofereceu a Jackson.

O Sporting já perdeu em Moreira de Cónegos, mas desta vez se ainda quer alcançar o terceiro lugar, não pode repetir esse resultado. Hoje é o dia D para o Sporting. Vercauteren lançou o repto, «espero uma resposta diferente dos jogadores. É preciso melhorar em todos os aspetos: organização, posicionamento, qualidade do passe, melhor concentração técnica e tática, e bons treinos. Os jogadores têm estado muito empenhados nos treinos».