Em Espanha, a rivalidade entre Barcelona e Real Madrid já vem de longe, mantém-se e agudiza-se época após época. Como no campeonato deste ano o Real está em terceiro, e a 15 pontos do Barcelona, poder-se-á dizer que os merengues estão a realizar a época mais fraca desde que Mourinho está ao leme da equipa. No campeonato isso é evidente! Mas o Real de Mourinho vai discutir a Liga dos Campeões e a Taça do Rei ainda só vai a meio.
Para este jogo Mourinho não pôde contar com cinco habituais titulares. Casillas e Pepe por lesão e os castigados Sergio Ramos, Fábio Coentrão e Di María. Estas ausências notaram-se no coletivo do Real Madrid, que esteve distante de apresentar o seu acutilante futebol.
O despique entre Cristiano Ronaldo e Messi gera a nível internacional a discussão de qual deles é o melhor jogador do universo. Ontem, além do interesse do jogo, os olhos fixavam-se nestes dois “monstros”. Contudo, nem um nem outro, realizou uma exibição convincente e compatível com o seu valor. Não estiveram em noite "sim", mas é evidente que Cristiano e Messi são os melhores jogadores do mundo. A diferença está nas caraterísticas diferentes, porque ambos são fenomenais. Qual é o melhor? As opiniões dividem-se!
Ao contrário do que se aguardava, nem Messi nem Ronaldo se exibiram ao nível habitual. Faltou a ambos os sprints contínuos em ziguezague, que deixam os adversários para trás, e geralmente terminam em golo. Cristiano destacou-se num livre que obrigou Pinto a uma excelente defesa e em duas jogadas que não concluiu da melhor forma. Messi, além do passe para o golo, esteve muitos furos abaixo das expetativas. Não admira que a nível individual, Ozil e o jovem Varane se destacassem no Real, e que Xavi e Iniesta fossem os melhores do Barcelona.

Porém, o jogo foi emotivo desde o início até ao final do encontro. Todos os ingredientes do futebol estiveram presentes, desde a técnica no controlo da bola, ao passe, ao remate, às movimentações e envolvimentos coletivos, à beleza dos dribles, à inteligência nas decisões, à arte na execução extravagante. Todos estas componentes realçaram o espetáculo. 

Este futebol de filosofia ofensiva agrada aos apaixonados do futebol. Foi, de facto, um jogo de ataques alternados de ambas as equipas. O Barça marcou primeiro e os merengues empataram com um golo de Varane. A disputa foi vibrante, e expectante. O resultado final era uma incógnita, face às inúmeras ocasiões para marcar, quer numa quer noutra baliza. A dúvida era saber quem marcava, pois o Barcelona desperdiçou seis flagrantes ocasiões e o Real perdeu quatro. Vamos aguardar com impaciência o jogo em Camp Nou.