No primeiro encontro dos jogos a eliminar, a equipa visitante leva na ideia que se não perder é excelente, porque depois em casa, com o apoio e o entusiasmo dos seus adeptos, sente-se mais confiante e com ânimo redobrado para vencer o opositor. O Benfica foi e está feliz porque conseguiu um excelente resultado, na deslocação a Leverkusen. 

Jesus afirmou que, entre os possíveis títulos que o Benfica pode vir a ganhar, «A prioridade é o campeonato nacional». Contudo, esta afirmação não exclui, nem quer dizer que o Benfica se demita de conquistar as restantes provas onde está inserido. Talvez o subconsciente do treinador lhe recorde o que sucedeu na época passada quando o Benfica apostou na vitória das duas provas. Foi eliminado da Liga dos Campeões, e perdeu o campeonato.

Embora as grandes equipas da Europa tenham pretensões mais elevadas, e menos calculistas, quanto aos títulos a vencer, a filosofia de Jesus passa por poupar os jogadores mais utilizados a desgastes contínuos. E fá-lo nas provas que ele considera serem menos importantes para que esses elementos se apresentem nos jogos do campeonato com o todo o fulgor.   

Ontem o Benfica jogou inicialmente sem quatro habituais titulares. Jesus criou uma estratégia para alcançar o tal bom resultado. Idealizou um futebol de contenção e de poupança de esforços. A equipa neste jogo transformou a vistosa fulgurância atacante num jogo expectante de cariz mais defensivo. Sabendo que o Leverkusen é forte no “contra golpe”, o Benfica, previdente, nunca se destapou, e convidou os alemães a jogarem um futebol de ataque contínuo. 

A primeira parte foi um horror. Os guarda-redes poderiam ter ficado em casa, pois remates na direção da baliza só um ou dois. O futebol foi tão ou mais gelado do que a neve que constantemente caía. Felizmente que a segunda metade foi diferente e para melhor. Claro, pior do que o “futebol” apresentado anteriormente era impossível. 

Neste período os germânicos poderiam ter marcado, mas Artur muito seguro, ágil, e acrobático negou-lhes, pelo menos, três golos. O Benfica suportou a enorme pressão alemã e recuou ainda mais. Desta forma bloqueou as investidas dos adversários, e passou nitidamente a jogar em contra ataque. Num desses lances Cardozo, que nada tinha feito até ao momento, fez o mais importante: um excelente golo. Ola John noutro contra ataque poderia ainda ter dilatado o marcador. 

O resultado foi ótimo. A estratégia de Jesus, foi mais realista, e menos espetacular em termos exibicionais, mas foi eficaz e resultou em pleno. Ainda falta uma parte da eliminatória. Pela lógica o Benfica é favorito para seguir para os oitavos. Mas este Leverkusen é muito forte a jogar como visitante, onde a sua grande arma é precisamente o “contra golpe”.

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