Em anteriores trabalhos antecipamos o que era necessário para criar e cimentar a empatia entre os adeptos e a equipa. A aposta nos jovens e talentosos jogadores da Academia é inevitável. O futuro do futebol dos leões passa por ali. Temos vindo a insistir que a qualidade individual de alguns destes rapazes é superior aos anteriores titulares e que Bruma, Zézinho, Esgaio, André Martins, Pedro Mendes, Ilori, mais cedo ou mais tarde seriam titulares indiscutíveis.

O que não se compreende é porque é que só agora se decidiu aproveitar a matéria-prima que estava ali a mostrar-se em cada treino. Como é que se demorou tanto tempo para se chegar à conclusão de que Bruma e Zézinho, são dois jogadores indiscutíveis e preponderantes na equipa? Também é notório que os dois referidos jovens centrais são os melhores naquele lugar. Cometem erros? Claro. Mas muitos menos que os seus antecessores!

Acredito na juventude e por experiência sei que os bons jogadores não se medem pela idade. Os jovens ou têm potencial e valor para serem profissionais, ou não. No futebol a experiência é alicerçada pelo talento, pela inteligência e pelas características inatas dos executantes. Naturalmente que melhoram e se aperfeiçoam com a repetição nos treinos. Porém, existem jogadores com imenso talento, mas que por falta de uma boa leitura técnica, exageram no individualismo e são intermitentes no seu rendimento. Estes jovens precisam de ser trabalhados psicologicamente pelo treinador.

No futebol como na vida, a relação entre o desejável e o possível por vezes fica muito aquém do esperado. Ninguém pensava que o Sporting futebolisticamente estivesse numa situação tão periclitante. Contudo, ganhar em Barcelos atenuou este cenário pessimista e expectante em que o Sporting está envolvido. A aquisição dos três pontos foi determinante para tranquilizar os leões. A vitória devolveu confiança à equipa, motivou, entusiasmou e sossegou todos os sportinguistas.

Os adeptos do Sporting dedicam-se de alma e de coração de leão ao clube dos seus amores. Sofrem, choram, ficam tristes nas derrotas e inversamente exaltam-se nas vitórias, as quais lhes transmitem alegria e felicidade. Face à crise financeira leonina, a aposta nos jovens da Academia é o futuro do futebol leonino. A simbiose entre os adeptos e os “filhos da casa”, solidificará a relação amorosa e a cumplicidade entre ambos. Os meninos, a praticarem bom futebol, e os adeptos a incentivá-los, durante todo o jogo.