O treinador turco disse «Qualquer criança de seis anos sabe como joga o Real Madrid». Estas estúpidas e precipitadas declarações dos treinadores antes dos jogos leva-os a cair no ridículo. Se o técnico tinha um conhecimento cabal de como joga o Real, porque é que não estruturou uma estratégia para superar o campeão espanhol? Ou Fatih Terim não soube explicar o plano aos jogadores ou estes não lhe ligaram nenhuma e fizeram o que lhes apeteceu.
O Galatasaray tem bons jogadores, mas como equipa deixa muito a desejar. Nos golos do Real, a má colocação defensiva facilitou a conclusão. Os dois primeiros foram uma cópia um do outro. No inicial, Cristiano, arguto, colocou-se nas costas dos centrais, recebeu o passe de Ozil, dominou e fez o habitual: Marcou. Benzema imitou-o ao fazer a mesma movimentação. No terceiro golo Higuaín entrou como quis no estreito do Bósforo.
Numa competição milionária, erros destes pagam-se caros. Os turcos têm uma equipa de vedetas, as quais tentaram exibir-se individualmente, para mostrar como em tempos foram candidatos ao Óscar. Mas este filme futebolístico, para além da interpretação pessoal, deveria ter presente o coletivo. O elenco turco é rico. Drogba, Yilmaz, Sneijder e Felipe Melo já encantaram plateias, mas ontem comportaram-se como artistas de segunda. 
Fatih Terim escreveu um confuso guião, o qual omitia a organização defensiva. No final, desolado pensou com os seus botões: «Crianças!» As crianças de seis anos são mais inteligentes que os meus jogadores».
Quem brilhou foi Cristiano Ronaldo, com as suas imparáveis arrancadas, marcou um golo com calma e com classe, e teve mais duas ocasiões para repetir. Varane está um senhor na defesa. Joga fácil e ontem esteve quase intransponível. Ozil é o maestro que pauta o jogo do Real. Também Diego Lopes está de pedra e cal. E claro, o realizador Mourinho, o qual ultimamente não vinha realizando bons filmes, mas está tal como prevíamos, de novo na ribalta!
O Real não teve a mínima dificuldade em vencer este adormecido Galatasaray. Esta margem de três golos é mais do que suficiente para o Real passar às meias-finais. Embora o ambiente na Turquia seja um autêntico inferno, será insuficiente para queimar o Real, pois este marca quase sempre como visitante. 
O mesmo não se pode dizer do Málaga. Pois o Borussia faz parte da elite do futebol germânico, o qual neste momento é o mais completo do mundo. Ontem, o Borussia demonstrou o porquê da supremacia do futebol alemão. Os bávaros dominaram os espanhóis com uma facilidade impressionante. 
O seu futebol de ataque é demolidor, intenso, veloz, e realiza-se com uma simplicidade técnica impressionante. Jogar fácil é a essência do futebol!
Valeu aos espanhóis a soberba exibição de Wilfredo Daniel Caballero, o qual foi pouco “Caballero” ao negar pelo menos cinco golos aos alemães. Por isso, foi considerado o melhor em campo. Durante os 90 minutos, o caudal ofensivo dos germânicos foi contínuo, exceção em dois lances nos quais o Málaga até poderia ter marcado. Júlio Baptista e Jeremy Toulalan na mesma jogada não conseguiram bater Weidenfeller. O Málaga ainda lançou o Isco, mas não resultou.
O futebol ofensivo do Borussia impõe um ritmo eletrizante, o qual pressiona e inibe o adversário, e simultaneamente seduz os espetadores. A dinâmica ofensiva é impressionante: Marco Reus isolado, Lewandowski por duas vezes, Mario Götze em três flagrantes oportunidades. Todos viram Willy defender o que parecia ser indefensável.
O Málaga realizou a proeza de chegar aos quartos-de-final, mas chegou ao fim da linha. Na próxima semana despede-se da Liga dos Campeões, enquanto o Borussia continuará invencível nesta prova e apresentar-se-á como um potencial vencedor desta Liga Milionária!