Esta merecida e incontestável vitória do Porto e o retorno do goleador Jackson Martínez mantêm viva a esperança dos Dragões. O jejum de seis jornadas do colombiano foi interrompido e daqui para a frente tudo indica que volte a marcar nos restantes jogos. Como se sabe, os golos moralizam os marcadores e, ontem, após o primeiro golo, Jackson Martinez mostrou-se confiante, calmo e seguro de si, fabricando uma obra arte na execução do seu segundo golo.
O Moreirense inicialmente não foi presa fácil. Embora o Porto tivesse mais bola até à marcação do primeiro golo, o jogo esteve repartido. Os Cónegos organizaram-se de forma defensiva, tentando neutralizar a superioridade dos campeões e apostando no contra ataque. Os Dragões, em ritmo lento, temporizavam na tentativa de estruturarem jogadas de finalização.
O Moreirense, mesmo defendendo, criou três situações para marcar, mas Helton, muito atento e seguro, negou o golo. Fernando, aos 18 minutos, ensaiou o golo que mais tarde viria a marcar ao obrigar Ricardo Ribeiro a evidenciar-se. A vitória do Porto começou a desenhar-se quando Danilo num passe de mestre isolou Jackson, e este inaugurou o marcador.
O domínio do Porto tornou-se mais evidente na segunda parte. Os Dragões iniciaram-na da melhor maneira concretizando a superioridade com dois golos em cinco minutos. Fernando, à segunda, foi de vez. Jackson Martínez, descontraído e moralizado com o regresso aos golo,s aproveitou da melhor maneira o excelente passe de Lucho para fazer um golo de se lhe tirar o chapéu. 
Depois de ultrapassar este obstáculo, o Porto mantêm-se dependente de terceiros e impacientemente a esperar para ver. “Nem tanto ao mar nem tanto á terra”? No futebol não há meios–termos e obviamente quando existe regularidade produtiva é natural amealharem-se pontos. Quando tal não sucede, sofrem-se as consequências.