Ontem referenciamos que a debilidade defensiva do Barcelona não augurava nada de bom para os espanhóis, sobretudo quando o esférico circulasse na grande área e nas imediações da mesma, dada a fragilidade do setor, esta insegurança perante a máquina de futebol atacante do Bayern poderia ser fatal. E foi.

Quatro golos que poderiam ter sido ser mais, se o árbitro tivesse assinalado duas penalidades a favor do Bayern. Perante este Barça sem liderança, e com Messi preso por arames, quanto mais cedo os alemães marcassem maior seria a hecatombe. Este futebol do Barcelona é um crochet repetitivo, chato, rotineiro, sem progressão nem finalidade, a fazer lembrar o filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin.

Neste momento, o futebol dos espanhóis mostra-se inoperante na proximidade das balizas. A defender é uma desgraça. Podem dizer que na Hungria também há Capelas, e que os três primeiros golos foram precedidos de faltas, mas não deixa de ser um facto que o árbitro acabou por omitir essas mesmo duas grandes penalidades. Mas a realidade mostra que a cada cruzamento germânico gerava-se o pânico em todos os defesas catalães, incluindo Valdez, o qual andou aos papéis em Munique. A ausência de remates explica a ineficácia da percentagem de posse de bola mas de que serve tê-la se não chega ao destino?

O futebol curtinho, escasso e exíguo dos catalães foi cilindrado pela máquina trituradora alemã. A inesgotável capacidade competitiva dos bávaros, qual Tsunami arrasou o Barça. Os alemães mantiveram durante os 90 minutos um ritmo alucinante. Impressionam como pressionam os adversários, nem os deixam respirar. Não foi por acaso que Muller disse que para vencerem o jogo teriam de correr quilómetros.

Aliás, a superioridade germânica evidenciou-se em todas as componentes. Taticamente, no Bayern, todos defendem e todos atacam. Tecnicamente, o talento e a intensidade dos jogadores suportam o excelente futebol executado de uma forma prática, simples e eficaz, no qual realçam as rápidas combinações das desiqulibrantes jogadas ao primeiro toque.

Este jogo exige uma minuciosa reflexão ao estilo de jogo implementado por Guardiola. O Barcelona não pode estar dependente da velocidade e da criatividade de Messi e precisa de utilizar pelo menos um ariete, tal como faz a seleção espanhola. Também colocar em campo o incapacitado Messi foi uma estúpida decisão.

O Bayern é uma equipa extraordinária. Apresenta um futebol agradável, bonito e eficaz. A atitude profissional dos jogadores assenta no pragmatismo e na rentabilidade. O que catapulta o futebol germânico para o topo da Europa!