Em Junho antes do encontro com a Rússia, os arautos da desgraça temiam que Portugal fosse o pior 2º lugar. Nessa altura escrevi que não acreditava, até porque a Bulgária e a Hungria estavam numa condição inferior a nós. E registei que o ideal seria pontuarmos com os russos e vencermos os restantes três jogos. O que não é difícil. Não foi, e não será!

Aliás todos sabemos que uma classificação de continuidade via play-off ou apuramento direto, estava mais do que ao nosso alcance. A dúvida de ser primeiro estaria no confronto com a Rússia. Mas como infantilmente cedemos 4 pontos frente à Irlanda do Norte e perante os israelitas, não beneficiámos do descuido dos russos, na Irlanda.

Faltam dois jogos e a nossa seleção tem a hipotética vantagem de os realizar em Portugal. Enquanto a Rússia deslocar-se-á ao Luxemburgo e ao Azerbaijão. Cristiano Ronaldo ainda tem esperança que os russos tenham um percalço num destes jogos. Não é impossível, mas que é improvável, lá isso é.

Paulo Bento prefere não pensar, para já, no que podem fazer terceiros e diz que os portugueses se devem concentrar apenas nos jogos que vão realizar. «Temos um jogo frente a um adversário que vai esgotar todas as possibilidades de qualificar-se para o play-off».

Esta afirmação não faz nenhum sentido. Não é plausível, não é motivadora, não transmite confiança, e é até suscetível de algum receio, dado que Israel só se classificaria se Portugal perdesse os 2 jogos. Mas alguém acredita nisto? Nem os israelitas. Eles sabem que não têm nenhuma possibilidade de se classificar.

A frase é «É ganhar, é ganhar». Logicamente, é estimulante e é o que vai acontecer. Mesmo que o selecionador nacional diga que «Israel é uma equipa que gosta de assumir o jogo e terá de o fazer porque precisa da vitória» e «nós vamos tentar ser dominadores e controlar os momentos dos adversários através da posse de bola».

Tentar? Mas qual tentar. Vamos é, como exige a diferença de valores, impor um constante domínio que garanta um bom nível exibicional e se concretize numa goleada, para que, em caso de ficarmos em igualdade pontual a superarmos com o goal-average. E não só, mas também, para que o nosso enorme jogador, Cristiano Ronaldo, continue a bater recordes!