Esta história do Sporting, de ser ou não candidato, relembra a corrida entre a tartaruga e (neste caso), as duas lebres. Os responsáveis leoninos dizem que o Sporting só é candidato à vitória jogo a jogo. Mas se tal suceder, no final terminará a Liga com mais pontos de avanço. Estamos na décima segunda jornada, faltam muitas para o final.

Mas o que é certo é que pé ante pé, neste momento, os leões lideram e não fazem “ruídos”, para não acordar as lebres.

A política de aguardar para ver é a mais realista e os responsáveis mantêm o discurso. Aliás, o Sporting, se nas próximas cinco jornadas mantiver esta tendência de vitória, distanciar-se-á mais, de um ou de ambos os rivais, dado que daqui a três jornadas o Porto visita a Luz.

O estado de graça que os sportinguistas vivem neste momento tem a ver com fatores que advêm da rigorosa e inteligente gestão de Bruno de Carvalho. O presidente ao devolver o clube aos sócios, uniu-os de uma forma aglutinadora. A aposta na Academia não se deve só à situação financeira, mas sim à qualidade dos jovens, a qual, simultaneamente, é a base de sustentação da equipa principal e uma fonte de receitas.

Bruno de Carvalho foi peremtório ao afirmar que o Sporting não ia ao mercado em janeiro. Isto evidencia que o presidente tem como prioridade a reestruturação financeira do clube para o solidificar e preparar para futuros objetivos. É óbvio, se a qualidade está na Academia, não precisa comprar.

Ontem, em Barcelos, o Sporting conquistou mais uma vitória, desta vez perante uma das sensações do campeonato. Foi um jogo bem disputado. As equipas muito bem orientadas por técnicos competentes explanaram em campo o melhor futebol possível.

Gostei da equipa de Barcelos, pratica um jogo muito apoiado, de passe curto e médio, um futebol muito ligado, sai sempre a jogar, atua com os sectores muito próximos e desta forma realizaram algumas jogadas de bom futebol que terminaram em três possibilidades de golo. Contudo, foi insegura e desorganizada a defender, dado que não pressiona, deixa jogar e, por isso, foi vulnerável e insuficiente para travar os famintos leões.  

O Sporting realizou a exibição mais consistente da época. A cada jogo que passa aumenta o querer, a vontade e a entrega, e estes predicados reforçam a confiança e a ambição, que se tornam dominadoras. As anteriores exibições do Sporting têm sido intermitentes, mas ontem foi mais contínua, o que indicia uma melhoria progressiva.

O coletivo depende das atuações individuais. Portanto, têm de se realçar três excelentes prestações de jogadores, as quais superaram a irregularidade nos jogos anteriores. André Martins fez a melhor exibição de sempre e por isso foi considerado o homem do jogo. Em vez dos antecedentes momentos de apatia, foi dinâmico e esteve sempre ativo, aguentou os 90 minutos, coisa inabitual. Esta melhoria física foi bem aproveitada tecnicamente e permitiu-lhe explanar o seu excelente futebol.

Jefferson e Capel começam a entender-se e ontem formaram um duo muito difícil de parar pelos opositores. O brasileiro está a integrar-se muito mais e melhor nas ações ofensivas. O espanhol teve momentos em que fez lembrar o Capel das épocas anteriores.

Com a subida de forma destes três elementos, aliada aos excelentes e regulares colegas, a equipa do Sporting fica mais forte e será mais contínua e permanente em termos exibicionais. Mas para os responsáveis continua a não ser candidata ao título?

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