A 26 de Janeiro escrevi aqui: Num FC Porto normal, Lucho nunca sairia no mês de Janeiro com o clube em 3º lugar independentemente de estar tudo em aberto.

Num Porto anormal, a 9 pontos do primeiro lugar, o treinador do Porto assumiu no cimo do seu desespero que os catedráticos devem ter respostas sobre as exibições do seu clube que ele não tem. O problema não é se o catedrático a ou b especula sobre o problema defensivo, mental, tático, etc do Porto. O que poderia retirar o sono aos portistas é o próprio treinador semana após semana afirmar que não consegue ter explicação para esses erros.

Então se o treinador não tem explicações e passa 6 a 7 dias por semana com eles, quem terá? Então se supostamente os jogadores do Porto deveriam fazer aquilo que o treinador incumbe e não o fazem, de quem será a responsabilidade entre aquilo que se pede e não se dá?

Hoje o coletivo dos azuis e brancos não tem a mesma qualidade que tinha quando estiveram na frente. A qualidade está lá, a diferença entre o que valem e o que fazem é que aumentou desesperadamente para a estrutura. O inverso do que acontece no Sporting, onde estão a ser potenciados quase até ao máximo o que vale o plantel do Sporting. E é aí que reside a meu ver a maior qualidade do treinador Jardim.

É nestas alturas que jogadores como Lucho fazem ainda mais falta. Porque aos campos portugueses fazem sempre! Mas hoje bem devem estar arrependidos. Estranhamente os dois grandes de Lisboa têm assumido uma capacidade de foco fora do normal. Um exercício interessante será perceber quem é o líder do Benfica e Sporting dentro de campo?

No caso de Benfica talvez Luisão do ponto de vista do mapa, Enzo no território. Adrien no mapa e William no território.

No Porto Fernando está fragilizado. Quaresma regressou para algo que não irá conseguir, mesmo com alguns critérios de Paulo Bento que às vezes são difíceis de entender. A defesa comete erros que nem nas três últimas épocas todos juntas seria aceitável.

Paulo Fonseca depois de pedir a sua própria saída duas ou mais vezes, pede aos atletas um extra-mile…que não chega. Perante isso, só por casmurra se mantém um treinador que assumidamente considera não ser a melhor pessoa para liderar o grupo de trabalho. Considero que resiliência, coerência, casmurrice e convicção são coisas completamente diferentes. E que sendo assim, dão resultados distintos.