Há muito que se especula por vários treinadores e para onde irão e quais são os clubes que vão deixar de contar com os atuais treinadores. Tenho cá para mim que Marco Silva, como fui escrevendo aqui desde dezembro, irá sair. Recentemente juntou-se a dúvida de Jorge Jesus. Curioso que se fale dos dois treinadores que ganharam algo em Portugal este ano. Mas adiante.

Com a saída ou não destes treinadores abre-se um caminho ao efeito dominó. Rui Vitória para um deles e será que um destes dois, Marco Silva ou Jorge Jesus, corre o ‘risco’ de ir para o outro lado da Circular? Seria interessante, não do ponto de vista clubístico, mas há muito conservadorismo no mercado português e seria peculiar perceber como é que os treinadores iriam abordar do ponto de vista da liderança e da sua comunicação a mudança para um rival. Jorge Jesus manter-se na Luz dá duas garantias: trabalho fantástico em termos de resultados e desenvolvimento de alguns jogadores e desaproveitamento da formação. Resta saber sobre e como irá recair a decisão. E de quem será. Para Marco Silva a continuar em Alvalade, que reforço que não acredito, terá de existir uma abnegação de ambas as partes. E de uma das partes não estou a ver…

Este fim-de-semana trouxe ainda várias situações para podermos analisar. O treinador do Marítimo, muito mas muito interessante a forma como abordou, geriu e falou do jogo após o término. Sem dúvida um treinador a acompanhar. Corajoso, não se refugiou na expulsão do seu jogador, equipa altamente comprometida e daí a sua abordagem muito agressiva e faltosa, mas sempre em buscar de algo melhor. Parabéns.

Parabéns, claro está, a Jorge Jesus e Marco Silva pelas vitórias, especialmente a este pelo contexto e história do jogo. Escrevi aqui em situações anteriores que quando se ganha há sempre mérito, mas na final da Taça não devemos passar em claro a responsabilidade de Sérgio Conceição. Nem quero ‘bater’ na pessoa e treinador do Braga, mas vale a pena refletir um pouco no que levou Sérgio Conceição a gerir o jogo como geriu a partir dos 50’ de jogo. Esforçou-se pela ‘sorte’ que lhe caiu, soube aproveitá-la, potenciá-la mas depois teve…medo? Pragmatismo? Isso seria procurar o 3-0. Parabéns ao treinador do Sporting que viu em campo um espelho daquilo que tem conseguido na sua equipa: muita empatia.