O ditado popular garante-nos que se volta ao ‘local do crime’ pelo menos mais uma vez. E a julgar pelos últimos jogos, o treinador espanhol arrisca-se a ‘querer’ voltar ao local do crime, ou seja, uma má potencialização do plantel que tem ao seu cuidado. Para lá das dificuldades da equipa portista explanar em campo aquilo que as individualidades parecem poder dar mais, teima em ter um comportamento no banco durante os jogos que em nada o favorece e pior que isso, prejudica e muito a sua equipa.

Se este plantel comparado com o ano anterior pode ser inferior em alguns pontos, tem outros acréscimos. Um guarda-de-redes mais experiente, um defesa direito porventura com menos técnica mas mais regular e um conjunto de jogadores mais experientes e mais adaptados à Liga Portuguesa. Mas se o plantel até pode ser inferior em alguns pontos, o conjunto portista continua a ter mais e melhores condições que os outros para atingir o tão famigerado título.

Um Benfica com menor qualidade individual e a passar por um processo sempre difícil de inclusão de novas ideias de um novo treinador e da identidade colectiva. Um Sporting reforçado e muito por um treinador perito nas provas internas, mas que tem na sua posse um plantel mais curto em termos de recursos. E assim não se entende o nervosismo e ansiedade do treinador espanhol, a não ser que o mesmo tenha as mesmas dúvidas que os adeptos portistas.

E Lopetegui tinha este ano a obrigação de errar menos, pelo menos, nos erros que já o ano passado os tinha realizado. A pressão constante aos árbitros que muitas das vezes não contagia os seus atletas pela falta de cultura ‘Porto’ dentro daquele plantel se exceptuarmos André André e talvez Maxi, que apesar de ser a sua primeira época com a camisola portista, tem na regularidade da entrega e raça uma das suas armas. O nervosismo que já o ano passado era muito notório faz com que gaste munições como a queixa dos atletas mais utilizados na selecção e que depois, e mesmo assim, chegam ao jogo da Liga dos Campeões frescos e passam ao lado do jogo.

Daqui a sensivelmente um mês, primeiros dias de Janeiro, o Porto desloca-se a Alvalade. E aí os dois clubes já saberão qual o seu futuro nas competições europeias. Provavelmente serão possíveis adversários também na Liga Europa. Mas se no caso da equipa do Sporting, tem existido um trabalho de ‘mentalização’ dos adeptos sportinguistas que o que interessa é o campeonato e que até ‘pode ser bom’ a saída da Europa para maior enfoque interno, a massa portista pelo enorme investimento deste ano, não compreenderá muito bem o possível falhanço na Liga dos Campeões.

Lopetegui vai mais do que a tempo. E lá para Fevereiro ou Março, as equipas começam a sofrer mais ainda com o desgaste físico dos vários jogos. Os castigos e lesões acumulam-se e aí, não basta a qualidade individual do plantel do Porto vir ao de cima. O treinador do Porto tem de aparecer. Mas não este da última semana. Um outro…que nunca se viu por cá. Vamos esperar!

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