O antigo internacional português António Aguillar foi esta terça-feira anunciado, na sede da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR), como o novo treinador da seleção de ‘sevens’, num contrato válido por três temporadas.

Aguillar, que enquanto jogador contabilizou 83 jogos na seleção nacional de 15 e foi cinco vezes campeão europeu na variante de ‘sevens’, chega ao comando do ‘sete’ português depois de ter treinado os franceses do Mont de Marsan e os sub-23 do Direito, no qual se tornou vice-campeão nacional.

Em conferência de imprensa, o novo selecionador assumiu que tem pela frente "um trabalho complicado" e assumiu a manutenção no circuito mundial como o principal objetivo da equipa.

"[Este é] o cenário possível. Temos um trabalho complicado, mas estamos aqui para isso. A minha função é aproveitar os jogadores e tentar devolver o amor à camisola que se tem perdido com os problemas de dinheiro. O objetivo mais importante é a manutenção no circuito mundial, pois passa por aí o futuro do râguebi nacional", afirmou.

O técnico de 37 anos, que capitaneou muitos dos jogadores que agora vai treinar, frisou que esse fator é importante, pois os jogadores sabem a exigência do agora selecionador.

"Conhecer bem os jogadores e ter jogado contra e com eles é bom, conheço-os bem e eles também me conhecem, sabem o que exijo. Estamos com vontade de trabalhar e fazer coisas boas", assumiu.

Já o presidente da FPR, Carlos Amado da Silva, considerou que António Aguillar é o treinador indicado para comandar os ‘sevens’ nacionais, depois de uma época menos boa, realçando a capacidade de liderança do novo técnico nacional.

"Depois de uma época menos boa, entendeu-se que se devia mudar alguma coisa, e o melhor perfil seria o do António Aguillar. É uma primeira escolha, já estava na calha desde o ano passado para ocupar esta posição e é uma aposta forte desta direção. Tem um estatuto de liderança natural, bastantes conhecimentos e é um treinador de futuro", reiterou.

Após perder a bolsa de apoio financeiro por parte do Comité Olímpico Português (COP) por ter falhado a qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o presidente da FPR perspetivou uma época complicada.

"Não se esperem milagres, vai ser uma época muito difícil. Se tivéssemos os apoios naturais, podíamos ter uma capacidade financeira para acordar com os clubes uma situação [dos jogadores] de quase exclusividade para a seleção. Há três meses, não esperava que isto acontecesse, [a diminuição de apoios] trouxe problemas adicionais muito graves, mas vamos resolvê-los, retomando práticas do passado", assumiu.

Os ‘sevens’ portugueses entram em competição no Dubai, no fim de semana de quatro e cinco de dezembro, naquela que é a primeira de dez etapas do circuito mundial.