Em declarações à Agência Lusa, Costinha, revelou “não se dar mal a lidar com as responsabilidades” que passou a assumir por ser algo que “faz crescer e amadurecer” e admitiu “alguma pressão” inerente, mas rejeita lamúrias.

“A verdadeira pressão sente-a quem ganha o salário mínimo e tem de alimentar uma família, quantas vezes sem tempo nem condições para desfrutar do lazer”, argumentou Costinha, para quem “os dirigentes e os jogadores são uns privilegiados”.

O responsável pelo futebol “leonino” nota que é preciso “ter noção disto e a frontalidade para o admitir”, embora coloque as duas profissões em patamares distintos: “Enquanto jogador era mais fácil planear o tempo para estar com a família, ao passo que agora nas minhas funções directivas o telefone pode tocar a qualquer hora e não há planificação que resista”.

Para Costinha, um futebolista “também está sujeito à pressão e exige-se-lhe sentido de responsabilidade”, mas a forma de lidar com a realidade “é que é completamente diferente”.

“As rotinas e os horários dos futebolistas estão sempre dependentes dos treinos e da programação do trabalho feita pelo treinador ou pelo clube”, constata, lembrando que nos seus tempos de jogador conseguia “saber mais ou menos o número de horas que preenchia a cumprir as obrigações profissionais”, o que lhe permitia “gerir a vida pessoal com alguma planificação”.

As obrigações profissionais limitavam-se, então, “a cumprir as ordens” do treinador e do clube e “a aperfeiçoar técnica e tacticamente a sua condição de jogador”, nada comparável com a actividade de um director para o futebol: “Neste momento deixei de ter horários fixos e as minhas obrigações passaram a ser definidas em função dos objectivos a que o clube se propõe”, explicou.

Apesar dessa distinção, Costinha alude “à interligação que tem de existir entre um dirigente e o jogador”, tendo em conta que “um precisa do outro e vice-versa”.

“Um futebolista preocupa-se essencialmente em treinar o melhor possível para, no dia do jogo, render aquilo que o treinador, a direcção e a massa adepta dele esperam”, observou, estabelecendo o paralelismo com o cargo que ocupa.

Do dirigente, acima de tudo, esperam o clube, os adeptos e a equipa um “apoio forte e incondicional” na procura de soluções para assegurar “a estabilidade imprescindível para se atingir o sucesso”, faz notar Costinha.

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