O Sporting de Espinho inicia no sábado a defesa do título nacional de voleibol em casa do crónico candidato Benfica, que pelo quarto ano consecutivo procura conquistar um troféu que lhe foge desde a época de 2004/05.
A final do “play-off” opõe as equipas mais regulares da temporada, com ligeiro ascendente teórico a pender para o lado do Benfica, que terminou na liderança a fase regular e o grupo dos primeiros.
Ambas as equipas já se defrontaram por quatro vezes esta temporada, somando dois triunfos e duas derrotas cada, com a curiosidade de terem ganho, na segunda fase, em casa do adversário.
«É uma final, e as finais são para ganhar, independentemente de serem um bom espetáculo ou não. Apesar de todas as limitações que a nossa equipa possa ter, o objetivo é a vitória», disse à agência Lusa Flávio Cruz, que regressou esta época ao Sporting de Espinho.
O atacante Flávio Cruz sagrou-se campeão nacional pelo Sporting de Espinho em 2008/09 e 2009/10 e pelo Vitória de Guimarães em 2007/08, tendo sido finalista vencido na discussão dos dois últimos títulos com a camisola do Benfica.
O oposto Hugo Gaspar, colega de Flávio Cruz na seleção portuguesa, com quem partilhou o titulo conquistado pelo Vitória de Guimarães, depois de ter sido campeão de Itália, em 2004/05, há três anos que persegue o título pelo Benfica.
«Tal como nos outros anos, há duas grandes equipas a lutar pelo título e as duas podem ganhar. Nós temos consciência do trabalho que fizemos até agora. Estamos fortes e estamos bem. O objetivo só acaba quando ganharmos dois jogos», disse Hugo Gaspar.
Defrontar a anterior equipa na decisão de um título é uma situação que Flávio Cruz encara com normalidade, por já não ser nova, já que aconteceu quando saiu do Vitória de Guimarães para o Sporting de Espinho e dos “tigres” para o Benfica.
«O voleibol é um mundo muito pequeno. Não tem a dimensão do futebol. Nós somos quem somos e somos poucos. Devia haver mais jogadores, não só para aumentar a competitividade como a qualidade da modalidade», defendeu o “tigre” Flávio Cruz.
Neste momento, prossegue, «o voleibol está com falta de atletas. Escasseiam os atletas nos escalões de formação e muitas equipas já acabaram. Tem que haver um incentivo à formação para termos campeonatos mais equilibrados no futuro», disse.
Flávio Cruz e Hugo Gaspar concordam que num “play-off” a decidir o título nacional à melhor de três jogos, a começar e a acabar, se necessário, em casa do Benfica, a margem de erro é pequena.
Desde que este sistema foi instituído, anteriormente era à melhor de cinco jogos, o Benfica – apesar da vantagem teórica de começar em casa – perdeu por duas vezes para o Sporting de Espinho (2011/12) e Fonte Bastardo (2010/11).
Desde 2004/05, época em que o Benfica alcançou o seu último título nacional, curiosamente frente ao Sporting de Espinho, benfiquistas e espinhenses foram finalistas por três e seis vezes, respetivamente, sendo que dois dos cinco títulos rubricados pelos “tigres” foram conseguidos frente às “águias”.
«Há pouca margem de erro, mas se fosse como em alguns países em que a decisão do título é apenas num jogo, seria ainda pior. Não sei se é melhor ou pior do que à melhor de cinco jogos, só vendo no fim, mas se ganharmos é melhor», sustentou Flávio Cruz.
Para o benfiquista Hugo Gaspar, a margem de erro é menor do que era antigamente, em que mesmo com duas derrotas dava para recuperar, mas não é determinante, tal como não é também o fator casa.
«Perdi as duas últimas vezes, mas há sempre uma terceira e à terceira é de vez», disse Hugo Gaspar, adiantando que o fator casa não será decisivo, até porque, quase de certeza, quem quer ser campeão terá que ir ganhar no pavilhão adversário.
Sporting de Espinho e Benfica são duas equipas que se conhecem bem, que já se defrontaram por quatro vezes esta época, com um saldo de duas vitórias e duas derrotas, mas tanto Flávio Cruz como Hugo Gaspar consideram que o “play-off” será diferente.
«São duas grandes equipas que desde o início do campeonato apostaram em ganhar o título. Espera-se uma repetição desses jogos e isso transmite a ideia de que não serão jogos fáceis», defendeu Hugo Gaspar.
Flávio Cruz sustenta que o “play-off” é diferente e que os jogos passados entre ambos pouco dizem, quer pela própria constituição de cada uma das equipas, com a entrada e saída de jogadores, quer mesmo pela preparação para a final.
«As equipas vão apresentar-se, quase de certeza, com algumas alterações em relação aos jogos anteriores e a mudança de um ou dois jogadores faz muita diferença», disse Flávio Cruz.

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