O protesto apresentado pelo Sporting de Espinho ao decisivo jogo da final do campeonato de voleibol frente ao Benfica inclui pedido de derrota rival, «por abandono do recinto de jogo», com ameaça de abandono da modalidade.
Enquanto o Conselho de Disciplina reúne-se, os campeões nacionais revelam, em comunicado, que a sua fundamentação visa a atribuição do triunfo, «por abandono do recinto de jogo por parte do adversário alegando faltas de condições no pavilhão, faltas de condições essas que são de sua única e exclusiva responsabilidade».
«A nossa fundamentação foi alicerçada nos acontecimentos que são públicos e na opinião de vários juristas especialistas em Direito Desportivo consultados pelo nosso clube, antes e após a formalização da fundamentação do nosso protesto», explica o clube.
Os espinhenses, que dizem ter recebido vários «pareceres voluntários de outros especialistas na área», são claros: «Nada mais esperamos no final da reunião do CD do que uma decisão que vá ao encontro do nosso claro e fundamentado pedido, a atribuição de vitória ao Sporting Clube de Espinho por abandono do jogo por parte do SL Benfica».
«Outra decisão que não esta, será uma mancha na justiça desportiva, não só desta modalidade, mas do desporto português e obrigará a uma reflexão interna no nosso clube no sentindo de ponderar uma medida extrema que passará pelo abandono da participação em futuras competições seniores de voleibol», ameaça o clube, convicto, no entanto, de que os membros da CD «terão a mesma opinião dos juristas».
O Sporting de Espinho protestou por erro técnico quando Vinhedo serviu no ponto decisivo (15-13) da “negra”, quando não o deveria ter feito: o engano terá levado o árbitro a tentar prosseguir o jogo, mas os “encarnados” já festejavam o título e tal não aconteceu, supostamente pela referida falta de condições.
No sábado, o Benfica, cujo último título tinha sido conquistado em 2004/05, venceu o encontro decisivo da final por 3-2 (25-20, 20-25, 15-25, 25-22 e 15-13), numa partida dirigida por Hélio Ormonde e por António Vaz de Castro.