A França sagrou-se hoje pela primeira vez na sua história campeã europeia de voleibol, ao vencer a Eslovénia por 3-0, numa inédita final da 29.ª edição da prova que dominou completamente, em Sófia, na Bulgária.

Perante uma seleção que acusou a primeira presença numa final, cometendo demasiados erros, os gauleses, bem mais tranquilos e eficazes, venceram pelos parciais de 25-19, 29-27 e 29-27, em uma hora e 31 minutos.

Um espetacular remate de costas de Earvin Ngapeth selou o triunfo dos gauleses, que somavam quatro medalhas de prata e haviam perdido as finais de 1987 (1-3 com a União Soviética), 2003 (2-3 com a Itália) e 2009 (1-3 com a Polónia).

Antonin Rouzier, com 21 pontos, e Earvin Ngapeth, com 15, lideraram o conjunto francês, enquanto Tine Urnaut e Mitja Gasparini, ambos com 14, foram os melhores pontuadores dos eslovenos, que terminaram no pódio pela primeira vez.

A formação gaulesa começou melhor e dominou por completo o primeiro ‘set’, chegando ao primeiro tempo técnico a vencer por três (8-5) e ao segundo a ganhar por quatro (16-12), para fechar com seis à maior (25-19, em 24 minutos).

O segundo parcial foi bem diferente, com a Eslovénia a entrar determinada (8-3), a permitir a aproximação (14-16) e a deixar-se mesmo ultrapassar (18-19), mas a reagir e a colocar-se muito perto do triunfo (24-21).

Quando o empate na final parecia certo, os eslovenos não foram capazes de fechar o segundo ‘set’, desperdiçando cinco oportunidades para o conseguir e a França venceu por 29-27, em 34 minutos, com Rouzier a fechar com um serviço direto.

Perante uma equipa afetada, a França entrou de rompante no terceiro parcial e chegou a 8-4, mas, num esforço final, a Eslovénia reagiu e aproximou-se, mas, com muitos falhanços, nomeadamente no serviço, não conseguiu qualquer ‘set point’.

Os franceses foram desperdiçando oportunidades, mas, à quinta, Ngapeth, de costas, selou o título da França, que venceu o parcial por 29-27, em 33 minutos.

A França acabou, assim, com a ‘maldição’ das finais, enquanto a Eslovénia falhou o último ‘capítulo’ de um Europeu de sonho, em que superou a campeã mundial Polónia e a Itália e ao qual chegou depois de afastar Portugal com dificuldades.