Éder será para sempre recordado como o heróis da conquista portuguesa do Euro 2016, mas até lá chegar teve de suar muito. Uma das melhores etapas da carreira aconteceu no Braga, onde coincidiu com Sérgio Conceição em 2014/15, tendo guardado alguns conselhos do atual treinador do FC Porto.

"Ele dizia-me que para ponta-de-lança era muito simpático dentro do campo. Porque sou um pouco mais reservado e dentro do campo é a mesma coisa. Mas ele queria que eu fosse agressivo. E realmente um ponta-de-lança tem de ser agressivo, tem de ser egoísta muitas vezes. E foi algo que me marcou enquanto jogador", lembrou o avançado, no podcast "1 para 1".

O momento que o glorificou é sempre um dos temas em cima da mesa e Éder recordou algo que disse a Fernando Santos na final contra a França. "Quando o Fernando Santos me chama para aquecer, eu vou, aqueço e ele chama-me para entrar. Estava a dar-me uma série de indicações e eu digo: 'Mister, não se preocupe que eu vou marcar'. Saiu-me. Nunca tinha feito aquilo. Já me habituei ao facto de as pessoas virem ter comigo. E é engraçado, contam-me sempre histórias. Dizem 'Olha, nunca me vou esquecer do que estava a fazer naquele dia, como é que festejei. Fizeste-me chorar'. E isso para mim é gratificante", revelou.

O período ao serviço da Seleção Nacional, pela qual cumpriu 35 jogos (5 golos), também lhe permitiu armazenar histórias. Exemplo disso é a convivência com Cristiano Ronaldo. "É como se tivesse chegado e deixado um manual para que muitos jovens possam ver. Com os requerimentos e com os pontos em que as pessoas podem trabalhar para poderem chegar a um certo de patamar. Tendo mais ou menos qualidade. Só por aí é um exemplo".

No entanto, há outras que começaram mal, mas tiveram um final feliz. "O Bruno Alves num treino fez-me um carrinho e puxou-me as tranças. Depois falámos e apertámos a mão. Demos um bacalhau. E tudo tranquilo", concluiu.