O ex-internacional angolano Joaquim Dinis “Brinca na areia” afirmou quarta-feira, em Luanda, que no país já existem técnicos nacionais de reconhecida capacidade para dirigir os Palancas Negras, tendo destacado o nome de Oliveira Gonçalves.

«Sempre defendi que a seleção principal tivesse treinadores nacionais. Angola teve sucesso com treinadores nacionais, por isso, acho que a equipa angolana deve ser dirigida por um interno. Os estrangeiros com reconhecida capacidade devem estar nos
clubes e centros de formação de jovens futebolistas», frisou Dinis em entrevista à Angop a propósito do estado atual do futebol.

O treinador Oliveira Gonçalves conquistou o único título continental da modalidade, o campeonato africano de sub-20, na Etiópia, em 2001, que deu acesso ao mundial na Argentina. Cinco anos mais tarde, o mesmo técnico conduziu Angola a sua inédita presença num Mundial sénior (Alemanha,2006).     

O antigo extremo esquerdo do ASA, Sporting de Portugal e 1º de Agosto sugere que o atual selecionador, o uruguaio Gustavo Ferrin, em função dos recentes resultados negativos dos Palancas Negras, devia passar para os escalões de formação.        

Apesar dos insucessos atuais, o esquerdino disse antever um futuro promissor, considerando passageira a “crise”.

«A seleção habituou-nos a ganhar em casa e empatar no exterior. Quando acontece o contrário, surgem as reações negativas por parte de todos, na medida em que ela é reflexo do trabalho generalizado do futebol nacional», declarou.          

Proveniente do Clube Académica Social Escola, do Zangado, "Brinca na areia" passou pelo Atlético Sport Aviação (ASA), Sporting de Portugal, onde se notabilizou como futebolista.

De regresso ao país, depois da independência de Angola, representou a seleção nacional e foi treinador e jogador do 1º de Agosto.