O antigo internacional angolano Joaquim Dinis "Brinca N'areia" defendeu hoje, em Luanda, a manutenção de Artur Almeida e Silva na presidência de direcção da Federação de Futebol (FAF), para que possa concretizar os programas de desenvolvimento da modalidade no país.

Em antevisão ao processo eleitoral do quadriénio2020/24, que conta com dois candidatos confirmados, afirmou que os actuais problemas do futebol residem na escassez de apoios por parte das estruturas do Estado e não do trabalho dos dirigentes federativos, que enfrentam enormes dificuldades financeiras.

“Tanto o actual como os outros candidatos são homens do futebol. A questão fundamental está na falta de sensibilidade por parte das instituições governamentais, ao fenómeno desportivo no geral. Há falta de apoios financeiros para que se possa materializar os projectos e programas de desenvolvimento, como a grande aposta nos escalões de formação”, referiu.

A antiga “estrela” sustentou a sua preferência no facto do actual elenco ter trabalhado para que a selecção nacional de sub-17 tivesse uma participação digna no Mundial do Brasil, em 2019, bem como a presença em Angola do presidente da FIFA, Gianni Infantino, que prometeu apoios ao país.

Além do presidente cessante, Artur Almeida e Silva, já manifestou a intenção de concorrer nas eleições de Junho próximo o antigo futebolista e proprietário de uma escola académica e desportiva, Norberto de Castro.

Nando Jordão e António Gomes “Tony Estraga”, ambos antigos praticantes, são igualmente apontados como potenciais candidatos, mas ainda não se manifestaram publicamente.

Quanto a anulação do Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão (Girabola2019/20), proposta pelos clubes, em função da pandemia do Coronavírus, Joaquim Dinis considera ser uma medida certa, a julgar pela salvaguarda do bem vida.

Interrompida em Março, quando faltavam cinco jornadas para o final, a prova era liderada pelo Petro de Luanda (54 pontos), seguido do 1º de Agosto (51pts) e menos um jogo.

A fonte defende, por outro lado, a reintegração da equipa do 1º de Maio de Benguela, no Girabola2020/21, após desqualificação por duas faltas de comparência, caso o clube apresente as condições financeiras necessárias para participação na prova.

Joaquim Diniz regressou a Angola em 1976, depois de se notabilizar no Sporting de Portugal e na selecção daquele país, passando também pelos Palancas Negras, e terminou a carreira ao serviço do 1º de Agosto, clube com o qual conquistou um título nacional como atleta e outro como treinador.