O Superior Tribunal de Justiça brasileiro, terceira instância judicial, ordenou na quarta-feira a libertação de Edinho, filho mais velho de Pelé, no processo em que o antigo guarda-redes de futebol é acusado de branqueamento de capitais.

Edinho, antigo guarda-redes do Santos e treinador do Mogi Mirim, foi detido na sexta-feira depois de o Tribunal de Justiça de São Paulo, segunda instância, ter confirmado a condenação de há dois anos, apesar de ter reduzido a pena.

O mesmo tribunal ratificou a condenação da primeira instância, embora tenha reduzido a pena de 33 para 12 anos e dez meses, ordenando a detenção imediata de Edinho.

No entanto, um magistrado do Superior Tribunal de Justiça aceitou um pedido de ‘habeas corpus’ e permitiu ao antigo jogador aguardar em liberdade a avaliação do recurso apresentado pela defesa.

No pedido de ‘habeas corpus’, a defesa alegou que, apesar de a lei exigir que os condenados em segunda instância sejam presos, a condenação só pode ser considerada definitiva caso o tribunal de terceira instância confirme a pena.

O antigo jogador foi detido em julho de 2013 para começar a cumprir a pena, mas foi libertado seis meses depois, para cumprir em liberdade a avaliação de um recurso apresentado pela defesa.

O caso em que foi julgado o mais velho dos sete filhos de Pelé remonta a 2005, quando foi detido juntamente com mais 17 pessoas, num processo em que era acusado de branqueamento de capitais e tráfico de droga.

Edinho negou todas as acusações, embora tenha admitido a ligação ao tráfico de drogas, mas apenas como consumidor, e que devia dinheiro a um amigo, posteriormente identificado como líder de um grupo de narcotraficantes, em São Paulo.

O juiz acabou por absolver Edinho da acusação de tráfico de drogas, mas condenou o antigo guarda-redes por branqueamento de capitais.