O Governo de Cabo Verde tem interesse na internacionalização do desporto cabo-verdiano que pode dar “muito dinheiro” ao país, disse esta sexta-feira o ministro do sector Fernando Elísio Freire.

O governante fez estas declarações durante um encontro que teve esta sexta-feira com a Associação Desportiva do Bairro que lhe foi apresentar a sua equipa de basquetebol, bicampeã nacional, que está a preparar a sua participação na Liga dos Campeões Africanos de Basquetebol, que este ano se realiza na África do Sul.

Segundo o presidente da Associação Desportiva do Bairro, Carlos Sena, a sua organização está a contar com o apoio do Governo na caminhada que os bicampeões nacionais em basquetebol pretendem encetar ao país de Nelson Mandela, a fim de tomar parte na Liga dos Campeões Africanos da modalidade.

Carlos Sena fez saber que a caminhada dos rapazes de basquete do Bairro é “difícil”, pelo que contam com apoio de Fernando Elísio Freire, enquanto ministro do Desporto.

“Apresentem um projeto consistente e o Governo tem todo o interesse em apoiar na medida das suas possibilidades”, desafiou o ministro, acrescentando que o apoio poderá ser concedido através da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol.

“Temos todo o interesse na internacionalização do nosso desporto, principalmente as modalidades onde temos grandes potencialidades”, disse Fernando Elísio Freire, citando exemplo concreto do basquetebol, que, segundo ele, “os cabo-verdianos têm muito jeito” para praticar esta modalidade.

Revelou que uma das “coisas fundamentais” do seu Governo para os próximos tempos é “dar visibilidade a Cabo Verde através do desporto”.

“Uma participação, por exemplo, numa competição, que se realiza na África do Sul ou a organização de uma eliminatória em Cabo Verde, projeta o país e permite-nos ter atletas nas maiores montras africanas e a partir daí, quem sabe, para outros caminhos”, declarou o responsável governamental do desporto.

No entender do governante, deve-se “reforçar” a participação das seleções nacionais nas várias competições internacionais, e, para o feito, urge fazer um plano.

Para tal, de acordo com Fernando Elísio, é preciso que seja “revista a lei dos patrocínios” para que as empresas tenham mais interesse em apoiar os clubes.

Prometeu, por outro lado, um sistema de segurança social para proteger os atletas de alta competição, que, quando terminarem a carreira, possam contar com algum rendimento.