O presidente da Associação Regional de Futebol de Santo Antão – Sul mostrou-se preocupado com as dificuldades financeiras por que passam os clubes nesta região desportiva, que sobrevivem apenas do subsídio da Câmara Municipal do Porto Novo.

Fernando Lima, que falava à Inforpress, informou que os clubes passam por «enormes dificuldades», adiantando que todas as agremiações desportivas vivem apenas do subsídio que a edilidade portonovense disponibiliza todas as épocas.

Cada um dos oito clubes recebe, anualmente, da autarquia portonovense, uma verba de cem contos (1829 euros), montante que, segundo os dirigentes das equipas, apenas chega para custar a alimentação dos atletas.

Em Santo Antão - Sul o tecido empresarial é ainda limitado e não consegue, por isso, ajudar o desporto, mas para complicar ainda esse estado de coisas, há «serias dificuldades» na implementação da lei do mecenato nesta região, lamentou Fernando Lima.

Apesar desses constrangimentos, o organismo que gere futebol em Santo Antão – Sul tem estado a trabalhar para «melhorar o futebol» portonovense, segundo Fernando Lima, que enaltece as conquistas que os clubes locais têm conseguido a nível nacional.

A Associação Académica do Porto Novo, na época transata, disputou a final do campeonato cabo-verdiano (perdeu com Mindelense), um feito histórico conseguido pelo futebol santantonense, mas antes esteve, em 2011/2012, na final da taça Cabo Verde, em que perdeu com os Onze Unidos, do Maio.

Aquele responsável confirmou para 16 de novembro o arranque da temporada em Santo Antão – Sul, onde vão ser disputadas a Supertaça, o Torneio da Abertura, o Campeonato Regional, a Taça Porto Novo, além das provas nos escalões mais jovens.