O presidente da Académica da Praia mostra-se “expectante” enquanto aguarda a decisão da Procuradoria-geral da República sobre uma queixa-crime que apresentou contra a Associação Regional de Futebol de Santiago Sul (ARFSS) e o seu presidente, Mário Avelino.

Alcides Tavares, também conhecido nas lides desportivas como Kiki, confirmou hoje à Inforpress que desde 05 de Abril a direção da Associação Académica da Praia deu entrada na Procuradoria-geral da República da Comarca da Praia uma queixa-crime, contra a ARFSS e o presidente Mário Avelino, também conhecido como Donnay.

A queixa-crime, revelou, deve-se a uma alegada “prática continuada que configura a prática de um ilícito criminal de usurpação de funções e falsificação, previstos e punidos no código penal vigente”.

O queixoso acusa a ARFSS e seu presidente de falsificação de assinaturas de alguns elementos do Conselho de Disciplina para a deliberação das penas disciplinares, realçando que não obedecem, em determinados casos concretos, o fixado no Regulamento Geral da Federação Cabo-verdiana de Futebol em vigor.

Kiki disse tratar-se de uma “prática consciente, continuada e querida”, mesmo sabendo a ARFSS  que, a seu ver, prejudicou a Académica com “ene piratarias no seu mandato” durante a última temporada futebolista.

Contactado pela Inforpress, Mário Avelino refutou todas as acusações, alegando estar de “consciência tranquila” pelo trabalho feito “a bem do desenvolvimento do futebol”, justificando que a ARFSS trabalha com um Código Disciplinar, mediante o consentimento da Conselho de Arbitragem e dos elementos do Conselho de Disciplina.

Declarou que esse código incorpora critérios “devidamente definidos”, enquanto uma forma encontrada para “agilizar os processos menos relevantes”, tendo em conta “o número de jogos semanais” que se realizam nesta que, asseverou, é a maior região desportiva do país.

Donnay disse ainda que a ARFSS relaciona-se com todos os clubes filiados “de igual para igual” e que a sua postura de estar no futebol “não se pactua com casos que suspeição” e de “acusações infundadas” para “justificar o insucesso de um ou outro clube”.